“NINA”, EUA, 2015,
roteiro e direção da estreante Cynthia Mort. Trata-se da cinebiografia de Nina
Simone, diva norte-americana do jazz e do soul que morreu em 2003, aos 70 anos.
O filme exalta as qualidades musicais inegáveis de Nina como pianista, cantora
e compositora, mas não deixa de explorar também o seu lado negativo. Nina era
uma artista arrogante, irascível e, além disso, alcóolatra crônica. Na fase decadente,
ela fazia shows em bares e era muito comum parar a música para xingar ou
agredir alguém da plateia. Uma espécie de Tim Maia de saias. O filme também
destaca o seu relacionamento com Clifton Henderson (David Oyelowo), enfermeiro
que conheceu numa clínica de reabilitação e que depois se tornou seu amigo e empresário.
A escolha da atriz Zoe Saldana para interpretar Nina causou uma grande polêmica.
Isto porque Zoe é bonita e teve que se submeter a uma grossa maquiagem para
parecer feia e tão escura quanto Nina. Não deu certo e o resultado acabou
decepcionando não apenas os fãs da cantora, como também sua família, que
detestou tanto a escolha como o trabalho da atriz. Apesar desse contratempo, o
filme tem força dramática e dá uma boa ideia da personalidade da cantora, que
também foi uma corajosa ativista contra a segregação racial. A trilha sonora é a cereja
do bolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário