“99 CASAS” (“99 Homes”), 2015, EUA, direção de Ramin Bahrani (“A Qualquer Preço”). A história, baseada em fatos reais, tem como personagem central o jovem Dennis Nash (Andrew Garfield), pai
solteiro, desempregado, que passa por uma crise financeira e tem enormes
dificuldades para sustentar, sozinho, a mãe (Laura Dern) e o filho. Como
desgraça pouca é bobagem, ele ainda perde a casa por conta da hipoteca. Quem o
despeja é o agente imobiliário Rick Carver (Michael Shannon), um empresário sem
escrúpulos, ganancioso e mau-caráter. Sua frieza ao despejar as famílias é
revoltante. Carver fez fortuna no ramo de penhoras, utilizando os meios mais sórdidos
para comprar e revender as casas cujas famílias foram despejadas. Como não vê
saída, Nash concorda em trabalhar para Carver fazendo o mesmo serviço sujo:
comunicar e providenciar o despejo, inclusive com a utilização de violência.
Nash torna-se o braço direito de Carver e começa a ganhar dinheiro. Trabalha
tão bem que Carver promete que um dia devolverá sua casa. Aos poucos, porém,
Nash começará a ter conflitos de consciência. Afinal, ele mesmo foi vítima do
agente imobiliário para o qual trabalha. Como de costume, Michael Shannon toma
conta da cena como o empresário inescrupuloso. O filme é forte, impactante. As
cenas de despejo são realistas. Parece que foram feitas com famílias de
verdade. Dá enorme tristeza ver o sofrimento dessa gente. Como informação adicional, o filme concorreu ao Leão de Ouro no
Festival de Veneza.
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