O drama francês “O VALE DO AMOR” (“La Vallée de L’Amour”
ou “Valley of Love”) teve sua primeira
exibição no Festival de Cannes 2015, onde disputou a Palma de Ouro. A história:
os atores Gérard (Gérard Depardieu) e Isabelle (Isabelle Huppert), há muitos
anos separados, recebem, cada um, uma carta de Michael, o filho que se matara
sete meses antes, pedindo que os dois viajem para o Death Valley (Vale da
Morte), na Califórnia, em determinados dias de novembro. Lá, segundo ele
escreveu nas cartas, Gérard e Isabelle teriam a oportunidade de revê-lo. Um
toque de mediunidade. Durante os dias em que passam juntos, sob um calor
escaldante, Gérard e Isabelle aproveitam para aparar algumas arestas do
passado, entre as quais o arrependimento de ambos por não terem dado a atenção
devida ao filho, com o qual não tinham relação há anos. Isabelle acredita no
que o filho diz nas cartas, mas Gérard não vê com bons olhos qualquer
manifestação espiritual. O diretor Guillaume Nicloux (“A Religiosa”) manteve os
nomes dos atores em seus personagens. Tem até uma passagem engraçada no filme,
quando Gérard é reconhecido por um hóspede do hotel, que lhe pede um autógrafo.
Gérard escreve “Bob De Niro”. Falando no ator francês, ele nunca esteve tão
gordo. Parece um ogro. Mas, de qualquer forma, é um grande ator. E Isabelle
Huppert, a atriz competente de sempre. Os dois, praticamente os únicos
protagonistas, seguram o filme. Só por Depardieu e Huppert, vale uma visita. Ah,
o filme ganhou, merecidamente, o Prêmio César (o Oscar francês) de Melhor
Fotografia.
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