sábado, 28 de maio de 2016

Exemplar típico do cinema independente, “SPARROWS DANCE” (“Dança dos Pardais”, em tradução literal), EUA, 2012, é um filme enxuto, não apenas no orçamento (U$ 175 mil), como também na duração (81 minutos), como no elenco (apenas dois atores) e como no único cenário (um minúsculo apartamento). Uma atriz (Marin Ireland), cujo personagem não tem nome, está reclusa em seu apartamento há um ano, depois de ter sofrido um ataque de pânico no palco, onde atuava numa peça. Ela pede comida e faz compras por telefone, sem nunca aparecer na porta. Deixa o dinheiro no chão e só depois que o entregador vai embora ela abre e pega suas encomendas. Sua esquisitice não tem limites, reforçada por tiques nervosos. Só que um dia ocorre um vazamento no banheiro e ela é obrigada a chamar um encanador, Wes (Paul Sparks). Conversa vai, conversa vem, eles se entrosam e acabam criando um vínculo bastante forte. Wes conta que também é músico de jazz (saxofonista), o que gera um diálogo bastante interessante, com a citação, por ambos, de vários jazzistas famosos. Também conversam sobre literatura, pois a moça é uma leitora voraz. Numas dessas conversas, Wes pergunta a ela qual o seu livro preferido. Ela responde que é “O Ousado Jovem do Trapézio Voador”, da William Saroyan. Exibido em vários festivais, o filme conquistou o Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Austin. Eu achei que o filme não é tão bom assim – apenas interessante -, mas a atriz, esta sim, é ótima.  

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