Fazia
tempo que eu não assistia a um filme com uma força dramática tão grande.
Trata-se de “MOMMY”, 2014,
Canadá, escrito e dirigido pelo jovem (26 anos) e cultuado diretor canadense
Xavier Dolan (“Eu Matei a Minha Mãe” e “Amores Imaginários”). Também fazia
tempo que não via uma atuação tão espetacular como a da atriz Anne Dorval. Ela
interpreta Diane Després, uma viúva emocionalmente descontrolada e afogada em
dívidas que um dia é obrigada a acolher o filho Steve (Antoine Olivier Pilon), de
15 anos, expulso de um reformatório após incendiar a cafeteria e causar
ferimentos em várias pessoas. Steve, por conta de sua hiperatividade e seu
déficit de atenção, é agressivo, rebelde e violento, à beira da psicopatia. Para piorar, ele se recusa a tomar os remédios receitados. De vez em quando, ele entra numa banheira cheia de gelo para tentar se acalmar. Ele
trata a mãe aos gritos, além de tapas e bordoadas. A frase mais carinhosa dita
por ele em relação à mãe é “Sua vadia”. Essa relação de amor e ódio chega aos
extremos da gritaria e discussões histéricas. Impossível não ficar incomodado
na poltrona. A situação dá uma amenizada quando a vizinha Kyla (Suzanne
Clément), outra mulher problemática, passa a frequentar a casa de Diane. Mas
não resolve o problema e tudo parece caminhar para um desfecho trágico. O
filme é ótimo, mas o maior destaque é, sem dúvida, a atuação incrível de Anne Dorval,
a mãe. Seria injusto não destacar também as ótimas atuações do jovem ator Antoine Olivier Pilon e da veterana Suzanne Clément. “Mommy” ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2014, além de ter
sido indicado para disputar o Oscar/2015 de Melhor Filme Estrangeiro. Imperdível!
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