sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Fazia tempo que eu não assistia a um filme com uma força dramática tão grande. Trata-se de “MOMMY”, 2014, Canadá, escrito e dirigido pelo jovem (26 anos) e cultuado diretor canadense Xavier Dolan (“Eu Matei a Minha Mãe” e “Amores Imaginários”). Também fazia tempo que não via uma atuação tão espetacular como a da atriz Anne Dorval. Ela interpreta Diane Després, uma viúva emocionalmente descontrolada e afogada em dívidas que um dia é obrigada a acolher o filho Steve (Antoine Olivier Pilon), de 15 anos, expulso de um reformatório após incendiar a cafeteria e causar ferimentos em várias pessoas. Steve, por conta de sua hiperatividade e seu déficit de atenção, é agressivo, rebelde e violento, à beira da psicopatia. Para piorar, ele se recusa a tomar os remédios receitados. De vez em quando, ele entra numa banheira cheia de gelo para tentar se acalmar. Ele trata a mãe aos gritos, além de tapas e bordoadas. A frase mais carinhosa dita por ele em relação à mãe é “Sua vadia”. Essa relação de amor e ódio chega aos extremos da gritaria e discussões histéricas. Impossível não ficar incomodado na poltrona. A situação dá uma amenizada quando a vizinha Kyla (Suzanne Clément), outra mulher problemática, passa a frequentar a casa de Diane. Mas não resolve o problema e tudo parece caminhar para um desfecho trágico. O filme é ótimo, mas o maior destaque é, sem dúvida, a atuação incrível de Anne Dorval, a mãe. Seria injusto não destacar também as ótimas atuações do jovem ator Antoine Olivier Pilon e da veterana Suzanne Clément. “Mommy” ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2014, além de ter sido indicado para disputar o Oscar/2015 de Melhor Filme Estrangeiro. Imperdível!

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