“DIÁRIO DE UMA CAMAREIRA” (“Journal D’une Femme de
Chambre”), 2015, co-produção
França/Bélgica, direção de Benoit Jacquot (“Adeus, Minha Rainha” e “3 Corações”),
que também escreveu o roteiro, inspirado no romance escrito por Octave Mirbeau.
Trata-se da terceira adaptação para o cinema – a primeira, de 1946, teve a
direção de Jean Renoir, e a segunda, em 1964, de Luis Buñuel. A história é
ambientada no início do Século XX e acompanha a trajetória do trabalho de
camareira de Célestine (Léa Sedoux). Enviada por uma agência para trabalhar na
mansão da família Lanlaire, interior da França, Célestine vai conhecer o
inferno das mãos de Madame Lanlaire (Clotilde Mollet), uma patroa sádica e
megera. Além disso, Célestine tem que conviver com os frequentes assédios do
patrão tarado – aliás, pelo que o filme dá a entender, era prática comum na
época os patrões exigerem esse tipo de serviço das empregadas, com ou sem o consentimento das respectivas patroas. Na casa dos Lanlaire, Célestine conhece
Joseph (Vincent Lindon), que trabalha como cocheiro da família há 15 anos. Ele
é um homem bastante misterioso, envolvido em atividades políticas clandestinas,
além de ferrenho antissemita. O filme teve sua exibição de estreia em fevereiro
de 2015 durante o Festival de Cinema de Berlim. Léa Seydoux, mais uma vez,
esbanja competência e prova porque é considerada uma das melhores atrizes
francesas da atualidade. A caprichada recriação de época é outro dos destaques desse ótimo drama francês.
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