“O JULGAMENTO DE VIVIANE AMSALEM” (“Le Procès de
Viviane Ansalem”), 2014, co-produção Israel/França,
foi escrito e dirigido pelos irmãos Ronit e Shlomi Elkabetz. Ronit também é a
atriz principal do filme. Ela interpreta Viviane Amsalem, uma mulher que há
três anos luta para se divorciar de Elisha (Simon Abkerian) - ele não comparece às primeiras audiências e nem por isso é punido. O motivo da separação? Ela não
o ama mais. Simples e objetivo. Lá em Israel, porém, não é tão fácil assim. O
filme acompanha as audiências no decorrer de anos, durante os quais os juízes –
na verdade, rabinos – pendem claramente para o lado do marido. Informação: em
Israel, só os rabinos podem legitimar ou dissolver um casamento. O cenário é o
mesmo o filme inteiro: uma sala com os rabinos, um escrevente, os litigantes e
seus respectivos advogados. Isso não significa que o filme é entediante. A
força dos diálogos, os ótimos atores e um pouco de humor – principalmente durante o
depoimento de algumas testemunhas - aliviam a tensão do ambiente, transformando
o filme num bom entretenimento. Aliás, este foi o candidato de Israel ao Globo de Ouro e ao Oscar
2015 de Melhor Filme Estrangeiro. Do mesmo gênero e temática, recomendo também o
iraniano “A Separação”, Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2012, este sim uma pequena
obra-prima.
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