Inexplicavelmente elogiado pelos críticos profissionais – ganhou até o Grande
Prêmio da Semana da Crítica no Festival de Cannes 2014 -, o drama ucraniano “A
GANGUE” (“Plemya”) tenta inovar o
conceito de cinema mudo colocando seus atores atuando através da linguagem dos
sinais. O único som é o do ambiente. A história é centrada num jovem recém-chegado
a um internato especializado em deficientes auditivos. Ele entra para uma
gangue que pratica furtos e logo se destaca por sua ousadia. Mas entra em
desgraça ao se envolver com a namorada do chefão. O filme é muito violento e
tem algumas cenas de sexo quase explícito. Não é só por isso que o filme é
bastante desagradável. Os gestos dos atores são sempre nervosos, praticamente histéricos,
o que faz parecer que estão sempre querendo se livrar de um ataque de
mosquitos. Como foi seu filme de estreia, o diretor Miroslav Slaboshpytskiy
provavelmente queria chocar as plateias e garantir publicidade. Conseguiu pelo
menos chocar, o que aconteceu durante sua exibição na última Mostra São Paulo. De
qualquer forma, pode ser interessante para quem curte filmes esquisitos. Mas, repito, é muito incômodo, causa
desconforto a cada cena. Sem dúvida, um filme distante "anos-luz” do que costumamos chamar de entretenimento.
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