O
drama “FORÇA MAIOR” (“Force Majeure”) foi o candidato oficial da Suécia na disputa pela estatueta do Oscar
de Melhor Filme Estrangeiro/2015. Não ficou entre os cinco finalistas, mas
ganhou rasgados elogios dos críticos. Realmente, é muito bom, mas um tanto inacessível
para o grande público. Trata-se de um drama bastante pesado, um verdadeiro
tratado psicológico do comportamento humano, sua instabilidade, fragilidade e desequilíbrio.
Não duvido que esteja sendo exibido durante as aulas nas faculdades de
Psiquiatria e Psicologia pelo mundo afora. Tomas (Johannes Bah Kuhnke), sua
esposa Ebba (Lisa Loven Kongsli) e os dois filhos Vera (Clara Wettergreen) e
Harry (Vicent Wettergreen) – irmãos também na vida real – vão passar as férias e
esquiar nos Alpes Franceses. Tudo vai às mil maravilhas quando, de repente,
durante almoço no terraço do hotel, a família e os outros hóspedes são
surpreendidos pelo que parecia ser uma avalanche destruidora. Não passou de um
susto, mas o fato de Tomas ter fugido correndo sem pensar na mulher e nos
filhos desencadeará uma grande crise familiar e conjugal. A partir desse
episódio, o filme, através dos diálogos íntimos entre o casal e mais as
conversas que terão com amigos discutindo o que ocorreu, transforma-se em algo como uma longa sessão de terapia, o
que não deixa de ser interessante. Em seu quarto longa, o diretor sueco Ruben
Östlund realizou um filme de grande impacto.
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