sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mesmo quem não tenha muito contato com a música clássica deve ter ouvido falar ou pelo menos ter lido ou visto em algum lugar o nome Paganini. Mais do que maestro e compositor, o italiano Niccolò Paganini (1782-1840) foi um virtuose do violino. Suas apresentações arrastavam multidões para os principais teatros da Europa e seu séquito de fãs incluía Choppin, Schumman e Schubert. “O VIOLINISTA DO DIABO” (“Der Teufels Geiger”), co-produção Alemanha/Itália de 2013, direção de Bernard Rose, não é uma biografia do artista, como dão a entender inúmeros blogs de cinema. O filme centra a história num episódio da vida de Paganini, mais especificamente sua tumultuada temporada de apresentações em Londres. No filme, Paganini é interpretado pelo violinista alemão David Garret, ele também um virtuose no instrumento. Na capital inglesa, o maestro italiano se apaixona por Charlotte Watson (Andrea Deck), uma cantora lírica em início de carreira. O filme mostra que Paganini, além de devasso e promíscuo, era egocêntrico e viciado em drogas. Mas o seu desempenho com o violino era sensacional, a ponto de muita gente acreditar que ele tinha um pacto com o Diabo. Ele era capaz, por exemplo, de tocar 12 notas por segundo, além de, muitas vezes, utilizar apenas uma corda do violino para executar um concerto completo.  Diziam até que ele devia sofrer de alguma disfunção genética, tal a velocidade dos dedos da mão esquerda. Nos palcos, com seu visual de roqueiro metaleiro, Paganini portava-se como um verdadeiro popstar, o que provocava até gritinhos das moçoilas da época. O filme vale a pena ser visto não só pela história em si e pelo seu polêmico personagem, mas também pela ótima trilha sonora. Estão ainda no elenco Jared Harris, Helmut Berger, Christian McKay, Olivia D’Abo e Joely Richardson.       

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