Mesmo
quem não tenha muito contato com a música clássica deve ter ouvido falar ou
pelo menos ter lido ou visto em algum lugar o nome Paganini. Mais do que maestro
e compositor, o italiano Niccolò Paganini (1782-1840) foi um virtuose do violino. Suas apresentações arrastavam
multidões para os principais teatros da Europa e seu séquito de fãs incluía Choppin,
Schumman e Schubert. “O VIOLINISTA
DO DIABO” (“Der Teufels Geiger”),
co-produção Alemanha/Itália de 2013, direção de Bernard Rose, não é uma
biografia do artista, como dão a entender inúmeros blogs de cinema. O filme
centra a história num episódio da vida de Paganini, mais especificamente sua tumultuada
temporada de apresentações em Londres. No filme, Paganini é interpretado pelo
violinista alemão David Garret, ele também um virtuose no instrumento. Na
capital inglesa, o maestro italiano se apaixona por Charlotte Watson (Andrea
Deck), uma cantora lírica em início de carreira. O filme mostra que Paganini,
além de devasso e promíscuo, era egocêntrico e viciado em drogas. Mas o seu
desempenho com o violino era sensacional, a ponto de muita gente acreditar que
ele tinha um pacto com o Diabo. Ele era capaz, por exemplo, de tocar 12 notas
por segundo, além de, muitas vezes, utilizar apenas uma corda do violino para
executar um concerto completo. Diziam até
que ele devia sofrer de alguma disfunção genética, tal a velocidade dos dedos
da mão esquerda. Nos palcos, com seu visual de roqueiro metaleiro, Paganini
portava-se como um verdadeiro popstar, o que provocava até gritinhos das
moçoilas da época. O filme vale a pena ser visto não só pela história em si e
pelo seu polêmico personagem, mas também pela ótima trilha sonora. Estão ainda
no elenco Jared Harris, Helmut Berger, Christian McKay, Olivia D’Abo e Joely
Richardson.
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