quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

“A DEMORA” (“La Demora”), 2012, Uruguai, direção de Rodrigo Plá, é um drama comovente, sensível e, ao mesmo tempo, muito triste, de cortar o coração. Mas muito bem feito, tanto que foi premiado em vários festivais pelo mundo afora, inclusive no prestigioso Festival de Berlim. O filme centra toda sua ação na situação desesperadora de Maria (Roxana Blanco), uma quarentona mãe solteira de três filhos pré-adolescentes que se vira do avesso para colocar dinheiro dentro de casa e cuidar do pai Agustín (Carlos Vallarino), um senhor que sofre de confusão mental e perda de memória. Um dia, ela não aguenta mais e pede socorro à irmã, que poderia cuidar do pai por um tempo. A irmã inventa mil desculpas para se livrar da tarefa. Nem visitar o pai ela vai mais. Sem outra saída, Maria decide colocar Agustín num abrigo de idosos. Também não consegue. Num ímpeto desesperado, ela resolve adotar uma atitude radical, que muita gente pensa, mas não tem coragem de fazer: abandonar o velho numa praça. O que acontece depois, só vendo o filme. Aliás, o drama merece ser visto também pela sensacional interpretação da dupla central de atores, Roxana Blanco e Carlos Vallarino, ambos premiados pelo seu desempenho. Enfim, um filme que certamente emocionará quem vive ou viveu problema semelhante ao de Maria, um tipo de sofrimento que acaba com qualquer pessoa.                                      

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