segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
“PÁLPEBRAS
AZUIS” (“Párpados Azules”), 2007, é um drama mexicano premiadíssimo em vários
festivais pelo mundo, tendo conquistado inclusive o Prêmio Especial do Júri no Sundance
Film Festival, além de competir na 46ª Semana da Crítica Internacional no
Festival de Cannes. Consagração exagerada, já que o filme não tem tantas
qualidades para merecer tanto. A história é centrada na jovem Marina Farfán (Cecília
Suarez), funcionária de uma loja que comercializa uniformes. Solitária, apática
e introvertida, ela não tem amigos nem namorado, mora sozinha e seu semblante
dá ideia de mulher infeliz. Na festa de 47º aniversário da loja, um sorteio
premiará um funcionário com uma viagem de 10 dias, com tudo pago, para um hotel
na praia de Salamandra. Marina é a vencedora. Só que tem um problema: o prêmio
dá direito a um acompanhante. Ela logo pensa na irmã Lucy (Tiara Scanda). Não
dá certo. Aí ela recorre a Victor Minas (Enrique Arreola), que ela conhece numa
padaria. Victor, tal qual Marina, também é estranho e solitário. Os dois vivem
numa solidão tão grande que o único prazer de ambos é justamente o prazer
solitário. Antes da viagem, eles se encontram algumas vezes para se conhecer
melhor. Os diálogos entre os dois são mínimos. O relacionamento é feito de
silêncios. Um dia, ao sair para dançar com Victor, Marina pinta suas pálpebras
de azul, cena que inspirou o título do filme. A produção mexicana marca a
estreia do diretor Ernesto Contreras e da própria atriz Cecília Suarez. É um
filme bastante interessante. Vale a pena conferir.
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