Ao
final de sua exibição na sessão inaugural do Festival de Cannes/2014, “GRACE
– A PRINCESA DE MÔNACO” (“Grace of
Monaco”) levou algumas vaias da plateia e foi massacrado pela crítica. Realmente,
não é um grande filme, mas não deixa de ser muito interessante, pois
ressalta a influência positiva de Grace junto ao Príncipe Rainier na gestão da
administração política do Principado. Foi Grace, por exemplo, a responsável
pela não intervenção de De Gaulle na crise de 1962. A França exigia o pagamento
de impostos e ameaçava, caso contrário, anexar Mônaco ao seu território. Também
foi por intermédio de Grace que Rainier descobriu uma sórdida manobra de sua irmã,
a Princesa Antoinette, para destituí-lo do cargo e ela mesma ocupar o seu lugar.
Embora predominem, como pano de fundo, as questões políticas, o filme tem
bastante glamour, principalmente no que se refere aos figurinos de época, joias
e celebridades. Há que se destacar a beleza de Nicole Kidman como Grace, além
de Paz Vega como Maria Callas. As únicas menções relativas à sua carreira de atriz
acontecem no começo do filme, quando Grace aparece ao final de uma cena de “Alta
Sociedade”, e quando Alfred Hitchcock a convida para atuar em “Marnie –
Confissões de uma Ladra”, quando ela já era princesa. O diretor Olivier Dahan é
o mesmo de “Piaf – Um Hino ao Amor, de 2007, que deu o Oscar de Melhor Atriz a
Marion Cotillard.
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