segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Ao final de sua exibição na sessão inaugural do Festival de Cannes/2014, “GRACE – A PRINCESA DE MÔNACO” (“Grace of Monaco”) levou algumas vaias da plateia e foi massacrado pela crítica. Realmente, não é um grande filme,   mas não deixa de ser muito interessante, pois ressalta a influência positiva de Grace junto ao Príncipe Rainier na gestão da administração política do Principado. Foi Grace, por exemplo, a responsável pela não intervenção de De Gaulle na crise de 1962. A França exigia o pagamento de impostos e ameaçava, caso contrário, anexar Mônaco ao seu território. Também foi por intermédio de Grace que Rainier descobriu uma sórdida manobra de sua irmã, a Princesa Antoinette, para destituí-lo do cargo e ela mesma ocupar o seu lugar. Embora predominem, como pano de fundo, as questões políticas, o filme tem bastante glamour, principalmente no que se refere aos figurinos de época, joias e celebridades. Há que se destacar a beleza de Nicole Kidman como Grace, além de Paz Vega como Maria Callas. As únicas menções relativas à sua carreira de atriz acontecem no começo do filme, quando Grace aparece ao final de uma cena de “Alta Sociedade”, e quando Alfred Hitchcock a convida para atuar em “Marnie – Confissões de uma Ladra”, quando ela já era princesa. O diretor Olivier Dahan é o mesmo de “Piaf – Um Hino ao Amor, de 2007, que deu o Oscar de Melhor Atriz a Marion Cotillard.   

Nenhum comentário: