sábado, 26 de julho de 2014

“Quando eu era vivo”, 2013, direção de Marco Dutra (“Trabalhar Cansa”) é uma das raras incursões do cinema nacional no gênero Terror Psicológico. A história é baseada no livro “A Arte de Produzir Efeito sem Causa”, de Lourenço Mutarelli. Começa o filme com Júnior (Marat Descartes) voltando ao apartamento do pai (Antonio Fagundes), depois de perder o emprego e se separar da esposa. Aparentemente, ele é uma pessoa normal. Bruna (Sandy Leah), sua prima, também mora no apartamento, num quarto alugado. Ao arrumar o quartinho dos fundos para fazer seu cantinho, Júnior encontra vários objetos que pertenceram à sua mãe, falecida há alguns anos. Em alguns flashbacks, Júnior relembra que a mãe era dedicada ao ocultismo e curtia o sobrenatural. Júnior encontra uma mensagem criptografada com a letra da mãe e acredita que, se conseguir decifrá-la, desvenderá alguns segredos do passado. A partir daí, Júnior transforma-se completamente, fica agressivo, neurótico e depressivo. Em alguns momentos, lembra o personagem de Jack Nicholson em “O Iluminado”. Pouca gente entendeu a presença da cantora Sandy no elenco. Uma jogada de marketing? Acho que sim, pois ela continua sendo a Sandy; até canta no filme. Nem o cabelo dela foi mudado. Fora isso, o filme não é de todo ruim, tem bastante tensão e alguns sustos - o de sempre, presença de espíritos, gaveta abrindo sozinha, objetos se mexendo etc. O desfecho, porém, ao invés de assustar, pode fazer rir. Ainda não foi desta vez que o cinema nacional acertou nesse tipo de gênero.  

 

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