“Flores Raras”,
2012, é um filme nacional dirigido por Bruno Barreto (“Bossa Nova”, “Dona Flor
e seus dois Maridos”). Conta a história verídica da relação amorosa da poeta
norte-americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto) com a arquiteta brasileira Lota
de Macedo Soares (Glória Pires). Tudo começou em 1951, quando Bishop, em crise
criativa, resolve vir ao Brasil para visitar sua amiga Mary (Tracy Middendorf),
que na época morava e namorava com Lota na casa da arquiteta, em Petrópolis. Ao
chegar, Bishop teve dificuldade para se adaptar ao jeito expansivo dos brasileiros,
que confundiram sua enorme timidez com arrogância. Mas, aos poucos, ela foi se
soltando, principalmente depois de começar um caso com Lota, provocando uma
enorme crise de ciúme por parte de Mary. O filme apresenta muitos fatos
interessantes como, por exemplo, a inspiração de Bishop para escrever o poema
que escreveu e pelo qual conquistou o Prêmio Pulitzer em 1956. Ou então o
trabalho de Lota na idealização e construção do Parque do Flamengo. Outro fato
interessante é a amizade entre Lota e Carlos Lacerda (Marcello Airoldi), que também
se tornou grande amigo de Bishop. O filme é muito bom, imperdível pela história
em si, pela reconstituição de época e ainda mais pelo desempenho das duas
atrizes principais. Com seus trejeitos masculinos – aperfeiçoados desde “Se eu
fosse você” -, Glória Pires está ótima como Lota. Mas é a atriz australiana Miranda
Otto que dá um verdadeiro show de interpretação.
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