sexta-feira, 25 de abril de 2014

"Eu, Mamãe e os Meninos” (“Les Garçons et Guillaume, à table!”) não é uma comédia como outras que estamos acostumados a assistir. Está mais para um filme “de arte” e, portanto, talvez agrade a um público mais restrito. Mas, sem dúvida nenhuma, é um filme bastante original, criativo, sensível e, ao mesmo tempo, muito divertido. O filme foi escrito, dirigido e interpretado por Guillaume Gallienne – ele faz dois protagonistas – e é uma adaptação de um monólogo que ele próprio escreveu e apresentou no teatro em 2008, com grande sucesso. A história é autobiográfica e conta como Guilhaume foi criado pela mãe para ser uma menina. “Quanto tinha uns cinco anos, minha mãe nos chamava - eu e meus irmãos - para almoçar gritando ‘Meninos e Guillaume, na mesa!’, lembra ele.  Até descobrir em definitivo sua identidade sexual, Guilhaume vai descrever algumas situações hilariantes. Numa delas, ele é surpreendido pelo pai em seu quarto  imitando a Imperatriz Sissi, com saia rodada improvisada com um edredon e um pulover amarrado na cabeça como se fosse uma enorme peruca da época. O filme ganhou, em 2013, o Prêmio Cesar, o Oscar francês, em cinco categorias, entre elas a de melhor filme, melhor ator e melhor roteiro adaptado. No Brasil, estreou em abril de 2014 como uma principais atrações do 5º Festival Varilux do Cinema Francês, promovido em São Paulo. É um ótimo filme, muito inteligente, que merece ser visto por quem aprecia cinema de qualidade.               

 

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