quinta-feira, 27 de março de 2014

Nova Iorque. O ano é 1955. Um grupo de meninas adolescentes decide criar uma sociedade secreta chamada Foxfire. O objetivo das garotas é reunir forças para se defender e se vingar do assédio masculino, aqui incluídos o sexo e a violência. Só que elas acabam extrapolando os limites do bom senso, passando ao roubo, chantagem e até sequestro. Este é basicamente o enredo do filme “Foxfire – Confissões de uma Gangue de Garotas” (“Foxfire – Confessions of a Girl Gang”), uma co-produção França/Canadá de 2013, sob a direção do francês Laurent Cantet. A história é baseada no livro “Foxfire – Confessions of a Girl Gang”, escrito pela norte-americana Joyce Carol Oates e publicado em 1993. A liderança do grupo de meninas é exercida por Legs (Raven Adamson), uma jovem problemática, rebelde e radical, inconformada com a sociedade capitalista e o sonho americano – as demais seguem a mesma cartilha. Legs é influenciada por um velho que, num banco de praça, fala sobre os ideais socialistas que fizeram a  cabeça de muitos jovens no início do século 20. Por outro lado, impossível dissociar as  atitudes das garotas do movimento feminista que se fortalecia cada vez mais nos EUA naquela época. Embora sua duração alcance as duas horas e meia, o filme nunca perde o ritmo. As atrizes que interpretam as garotas do Foxfire são todas iniciantes, mas muito competentes, em especial a que faz Legs, Raven Adamson. Do mesmo diretor, recomendo também “Entre os Muros da Escola” (2008) e “Em direção ao Sul” (2005).

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