terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Este é mais um aviso do que um comentário: não assista “Heli”, drama mexicano de 2012. A não ser que você curta os mais sórdidos tipos de violência não apenas contra seres humanos, mas também contra animais. Tem cachorro morto a tiros, outro estrangulado, cadáveres pendurados em ganchos, enforcamento em passarelas de estrada, torturas com crianças assistindo e vai por aí afora. Quando foi exibido no Festival de Cannes de 2013, muita gente saiu da plateia horrorizada e revoltada com as cenas de violência. E não é que, no mesmo festival, Amat Escalante recebeu o prêmio de Melhor Diretor por esse filme? Não dá para entender. Aliás, dá sim, pois de um festival que premia com a Palma de Ouro filmes execráveis como “Árvore da Vida” (2011) e “Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas” (2010) pode se esperar qualquer absurdo. Eu me recusei a continuar assistindo. Parei no meio com o estômago embrulhado. Essa monumental excrescência só pode ter sido produzida para agradar psicopatas, sádicos e maníacos. Não se engane com a singeleza da foto da capa do DVD. A menina tem 12 anos e vai se envolver com um soldado traficante. Depois disso tudo, vai querer assistir?  

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