“A Grande Beleza” (“La Grande Bellezza”),
2013, dirigido por Paolo Sorrentino, é um verdadeiro exemplo do que se
convencionou chamar “Cinema de Arte”. Como tal, desperta reações e sentimentos
variados. Uns gostam, outros detestam. Sorrentino fez uma crônica da Roma
atual, revelando a face mundana da alta sociedade romana e sua decadência moral
e intelectual. O cronista que nos levará a esta viagem é o personagem Gep
Gambardelli (Toni Servillo, sensacional), um escritor de 65 anos que escreveu apenas um
livro e que agora vive a maior parte do seu tempo frequentando as mais badaladas
festas da capital italiana. Tal como Fellini fez em “A Doce Vida” e em “Roma”,
a arquitetura da capital italiana, com seus mais representativos monumentos e
locais turísticos, aparece como cenário de quase todas as cenas. O contraste
com a modernidade é mostrado em várias situações, como na festa de aniversário
de Gep, no início do filme. Enquanto os convidados dançam ao som de música techno,
aparece ao fundo o Coliseu. “A Grande Beleza” é um filme, sem dúvida, instigante, e, por isso mesmo, merece ser visto. Grande parte da crítica especializada o colocou
no pedestal das grandes obras-primas do cinema. Eu gostei, mas não chegaria a tanto.
Assista e tire suas próprias conclusões.
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