“A LISTA DA VINGANÇA” (“THE
BLACK BOOK”), 2023, Nigéria, 2h4m, em cartaz na Netflix,
direção do cineasta Editi Effiong, que também assina o roteiro com Bunmi
Ajakaiye. O pastor evangélico Paul Edima (Richard Mofe Damijo), um ex-militar
que se converteu, sofre a perda de seu filho único, assassinado por militares
depois de acusado, injustamente, de sequestrar e matar um professor e seu filho
ainda bebê. Convicto da inocência do garoto, Paul Edima parte para a vingança,
contando com a ajuda da jornalista investigativa Vic Kalu (Ade Laoye). O filme
escancara a corrupção que domina o governo nigeriano, seus políticos, militares, a polícia e a
mídia (parece um país que a gente conhece muito bem). Um general comanda uma
milícia de soldados que partem para cima de Edima e da jornalista, com o objetivo
de eliminá-los. Só que não contavam com a astúcia militar do veterano soldado.
Até aí o filme caminha bem, mas perto do desfecho surge um exército de mulheres
comandado por uma tal de “Big Daddy”, que ajudará Edima contra seus inimigos.
Nesse ponto, achei que o filme perdeu sua credibilidade. Exército de mulheres?
De qualquer forma, “A Lista da Vingança” alcançou o 3º lugar no ranking global
da Netflix em 2023, com mais de 20 milhões de visualizações em todo o mundo. Um
feito e tanto. Para terminar meu comentário, lembro que o cinema nigeriano,
conhecido pelo apelido de “Nollywood”, é o segundo maior produtor de filmes do
mundo, perdendo apenas para “Bollywood”, como é conhecido o cinema da Índia. Os
Estados Unidos aparecem em terceiro lugar.
