“TRÊS MULHERES – UMA ESPERANÇA”
(“LOST TRANSPORT”), em cartaz na Prime Vídeo, 2022, coprodução Holanda/Luxemburgo/Alemanha,
1h45m, roteiro e direção de Saskia Diesing, cineasta
alemã radicada na Holanda. A história, baseada em fatos reais, é ambientada na
primavera de 1945, nos estertores da Segunda Guerra Mundial. Como último
esforço de guerra, os nazistas tentaram transportar judeus da Bélgica, Holanda
e Polônia aprisionados no campo de concentração da Baixa Saxônia para o
interior da Alemanha. O objetivo era utilizar esses prisioneiros como moeda de
troca por soldados alemães presos pelo exército russo. No total, foram três
comboios, mas um deles não chegou ao seu destino, sendo abandonado perto do
vilarejo de Tröbitz. Ao mesmo tempo, tropas do exército russo chegavam à região
tentando organizar o problema, ou seja, garantir a sobrevivência dos judeus
libertados do comboio. A população alemã de Tröbitz foi obrigada a acolher e
alimentar os antigos prisioneiros em suas próprias casas. É nesse momento que uma
improvável amizade acontece entre três mulheres: a alemã Winnie (Anna
Bachmann), a oficial russa Vera (Eugénie Anselin) e a judia holandesa Simone
(Hanna Van Vliet). Winnie mora na casa em que se hospedam a judia e a oficial
russa. É justamente a relação entre essas mulheres que o roteiro coloca como
fio condutor da história. Embora o filme, falado em holandês, alemão e russo, adote
um tom dramático de novelão, vale a pena assisti-lo não só pelo fato histórico
relatado e pouco conhecido por aqui, mas também pela primorosa ambientação de
época.
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