“CALOR MORTÍFERO” (“KILLER
HEAT”), 2024, Estados Unidos, 1h36m, em cartaz na Prime Vídeo,
direção de Philippe Lacôte, cineasta nascido na Costa do Marfim e radicado na
França, seguindo roteiro assinado por Matt Charman e Roberto Bentivegna. Trata-se
de um suspense baseado no conto "O Homem Ciumento", do norueguês Jo Nesbø, que considero um dos melhores escritores
de romances policiais da atualidade, pois já li vários de seus
livros. Vamos à história. Nick Bali (Joseph Gordon-Levitt), um ex-detetive da
polícia de Nova York que trabalha como investigador particular em Atenas
(Grécia), é contratado por Penelope Vardakis (Shailene Woodley) para investigar
a morte do seu marido, considerada acidente pela polícia. A vítima, Leonides
Vardakis, era irmão gêmeo de Elias Vardakis (ambos interpretados pelo ator
Richard Madden), herdeiros de uma importante família na Grécia, cuja base
empresarial fica na Ilha de Creta. Ao iniciar sua investigação, Nick Bali acaba
irritando não só Elias como também a matriarca da família, Audrey Verdakis
(Clare Holman). Tudo leva a crer que tem alguma coisa errada na história, o que só será revelada, é claro, no desfecho, com direito a algumas reviravoltas. Completam o elenco Abbey Lee Kershaw, Billy
Clements, Manos Gravas, Babou Ceesay e Eleni Vergeti. Infelizmente, o resultado
final não é dos melhores. O roteiro é mal elaborado, confuso, não consegue
prender a atenção do espectador. O ator Joseph Gordon-Levitt não convence como o
detetive concebido para ser um detetive dos filmes noir, ou seja,
atormentado, alcoólatra, solitário e mal vestido. Culminou num personagem
caricato, patético, muito longe do que o autor queria que parecesse. O roteiro
é mal elaborado, confuso, e não cria a tensão necessária para envolver o espectador. Com
exceção dos cenários deslumbrantes da Ilha de Creta, nada mais favorece uma
indicação. Jo Nesbø não merecia isso.
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