DESTINOS À DERIVA (NOWHERE), 2023,
Espanha, 1h49m, produção original e distribuição Netflix, direção de Albert
Pintó (“O 3º Andar: Terror na Rua Malasaña”), seguindo roteiro assinado por
Indiana Lista, Ernes Riera e Miguel Ruz. Estranhei o título original: não seria
mais lógico “Destinos a La Deriva”? De qualquer forma, o filme é um dos 10 mais
vistos da Netflix desde que foi lançado, em 29 de setembro de 2023. Merece esse
sucesso, pois trata-se de um suspense realmente muito bom, angustiante,
nervoso, uma corajosa e sacrificante luta de sobrevivência como poucos filmes
já mostraram. Vamos à história. Numa Espanha imaginária – os mais moderninhos diriam numa Espanha “distópica” -, chefiada por um governo autoritário, a escassez de
alimentos provoca uma perseguição mortal contra crianças e mulheres grávidas.
Dessa forma, Mia (Ana Castillo) e seu marido Nico (Tamar Novas) pagam a
contrabandistas para tirá-los do país e os levarem para a Irlanda. Mia está
prestes a ter nenê. Eles pretendiam fugir escondidos em contêineres que seriam
embarcados clandestinamente em um navio. Na hora da partida, porém, soldados
descobrem os refugiados e promovem uma enorme matança. Somente Mia consegue
escapar, mas separada do marido. Resumindo, Mia fica
escondida sozinha em um contâiner e segue viagem no navio. Em pleno alto-mar,
porém, uma tempestade atinge o navio e faz com que os contêineres caiam ao mar,
inclusive o de Mia. Aí começa a luta angustiante pela sobrevivência da moça e
de sua filha – que Mia dará o nome de Noa, feminino de Noé - que acaba de
nascer no contâiner. A situação é de grande suspense do início ao desfecho, o que
certamente tem levado os espectadores mais sensíveis a roer as unhas dos dez dedos.
Para criar a história, a roteirista Indiana Lista diz ter pesquisado bastante sobre
vários casos de fugas de refugiados e rotas de tráfico humano no México, Guatemala,
El Salvador, Honduras e Nicarágua. Trocando em miúdos, “Destinos à Deriva” é um ótimo drama, com grande suspense.
terça-feira, 12 de março de 2024
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário