“UM CRIME ARGENTINO” (“UN
CRIMEN ARGENTINO”), 2022, Argentina, em cartaz na HBO Max, 1h53m,
filme de estreia na direção de Lucas Combina, seguindo roteiro assinado por
Jorge Bechara e Sebastian Pivotto. A história é baseada em fatos reais ocorridos
no início da década de 80 e relatados no livro homônimo escrito pelo jornalista
argentino Reynaldo Sietecase, lançado em 2017. Mais um filme de fundo político
do cinema argentino, tema que “los hermanos” exploram com muita competência, como comprovam várias produções que se tornaram clássicos premiadíssimos. Só
para citar três: “A História Oficial”, “O Segredo dos seus Olhos” e “Argentina,
1985”. Ambientada em 1980, em pleno regime militar, a história de “Um Crime
Argentino” relata a investigação do sequestro de um importante empresário
ligado a uma família tradicional da cidade de Rosário. Carlos Torres (Matías
Mayer) e Antonio Rivas (Nicolás Francella), dois jovens promotores de um
departamento de justiça são designados para investigar o caso. Ao mesmo tempo,
a polícia ligada à ditadura também quer solucionar o caso, mas do seu jeito –
na base da porrada e da tortura. Um suspeito é preso e somente depois de torturado
confessa o sequestro, mas se nega a fornecer detalhes, mais tarde descobertos
pela dupla de promotores, com a ajuda de uma médica legista. Completam o elenco Malena Sánchez, Alberto Ajaka,
Luis Luque, Dario Grandinetti, Rita Córtese e César Bordón. O suspense prende a atenção até o desfecho, impulsionado
pelo primoroso roteiro adaptado. Outros destaques são o capricho na
caracterização de época - cenários e figurinos -, além do ótimo desempenho dos
atores. Um crime seria não assistir a mais este excelente filme argentino, não
tão bom quanto os citados no início deste comentário, mas bem acima da média.
Não perca!
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