domingo, 5 de março de 2023

 

“ROGAI POR NÓS” (“THE UNHOLY”), 2021, EUA, 1h39m, em cartaz na Amazon Prime, direção de Evan Spiliotopoulos, que também escreveu o roteiro baseado no romance “Shrine”, de 1983, de James Herbert. Trata-se de um terror repleto de clichês típicos do gênero, misturando temas como religião, fé, histeria coletiva, possessão demoníaca, espíritos malignos e curas milagrosas. Começa a história em 1845, numa pequena cidade da Nova Inglaterra (EUA), mostrando uma jovem sendo torturada e morta. Ela havia sido acusada por causa de seus poderes sobrenaturais e, portanto, considerada uma bruxa. O filme dá um salto até os dias de hoje, quando a jovem Alice Pagett (Cricket Brown), na mesma cidade, começa a apresentar a capacidade de cura. O jornalista Gerry Fenn (Jeffrey Dean Morgan) comprovará os dons da jovem, que diz ser um instrumento da Virgem Maria, com a qual afirma conversar. Alice, que nasceu deficiente auditiva, de repente começa a ouvir e a falar. Ela também cura um menino paraplégico. Tudo acompanhado por várias pessoas, entre as quais o jornalista e a médica psiquiatra Natalie Gates (Katie Aselton), além do padre Hagan (William Sadler), que criou Alice depois da morte dos pais dela. Aos poucos, porém, os poderes de Alice começam a desencadear uma série de acontecimentos que parecem ser responsabilidade de algum ser maligno. O roteiro é meio capenga, com alguns lances patéticos, como a afirmação da médica de que conhece latim por ter estudado a matéria na faculdade. Alguém pode me dizer se alguma faculdade de medicina ensina latim? É claro que tudo o que está acontecendo tem relação com o sacrifício da jovem no século 19, talvez o maior clichê do filme, fora os sustos esperados. Portanto, “Rogai por Nós” não acrescenta nada de novo no front dos filmes de terror, mas dá para assistir sem medo de ser feliz. Considero uma boa estreia na direção do grego Spiliotopoulos, radicado nos Estados Unidos e mais conhecido como roteirista de filmes como “O Caçador e a Rainha do Gelo”, “A Bela e a Fera” e “As Panteras”, entre outros.           

                    

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