quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

 

“IMERSÃO” (“INMERSIÓN”), 2021, Chile/México, 1h28m, em cartaz na Netflix, direção de Nicolas Postiglione, que também assina o roteiro com a colaboração de Moisés Sepúlveda. Trata-se de um drama familiar que aos poucos se encaminha para um thriller psicológico. Produção simples, elenco enxuto e um roteiro que pouco oferece em criatividade, mas garante um bom suspense. Ricardo (Alfredo Castro) leva suas duas filhas, Teresa (Consuelo Carreño) e Claudia (Mariela Mignot), para visitar uma velha casa da família à beira de um lago no sul do Chile. A embarcação de Ricardo navega pelo lago quando surge no meio do caminho um pequeno bote com três pescadores pedindo socorro. Pensando na segurança das filhas, Ricardo passa direto, o que revolta Teresa e Claudia, que obrigam o pai a voltar e socorrer quem estava pedindo ajuda. A partir daí, pai e filhas já não se entendem mais, iniciando-se o conflito familiar. A situação fica meio sinistra, já que ao voltar para socorrer os pescadores, Ricardo só encontra dois. Esquisito. Não dá para contar mais para não correr o risco de estragar as surpresas. O que posso dizer é que o filme garante um bom suspense, valorizado pela trilha sonora e pelas situações criadas com o objetivo de preparar o espectador para um final trágico, o que realmente acontece. Não há dúvida de que a presença do veterano ator chileno Alfredo Castro é o principal trunfo do filme. Castro é hoje o principal ator chileno, tendo no currículo bons filmes como “No”, “O Clube”, “Tony Manero” e “Tenho Medo Toureiro”, entre tantos outros. “Imersão” estreou durante a programação do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (México), além de ter sido vista aqui no 50º Festival de Cinema de Gramado. Em ambos, conquistou vários prêmios e elogios da crítica especializada. Recomendo, com a ressalva de que não é um filme para qualquer público.                   

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