“IMERSÃO” (“INMERSIÓN”), 2021,
Chile/México, 1h28m, em cartaz na Netflix, direção de Nicolas Postiglione, que também
assina o roteiro com a colaboração de Moisés Sepúlveda. Trata-se de um drama
familiar que aos poucos se encaminha para um thriller psicológico. Produção
simples, elenco enxuto e um roteiro que pouco oferece em criatividade, mas garante um bom suspense. Ricardo
(Alfredo Castro) leva suas duas filhas, Teresa (Consuelo Carreño) e Claudia
(Mariela Mignot), para visitar uma velha casa da família à beira de um lago no
sul do Chile. A embarcação de Ricardo navega pelo lago quando surge no meio do
caminho um pequeno bote com três pescadores pedindo socorro. Pensando na
segurança das filhas, Ricardo passa direto, o que revolta Teresa e Claudia, que
obrigam o pai a voltar e socorrer quem estava pedindo ajuda. A partir daí, pai
e filhas já não se entendem mais, iniciando-se o conflito familiar. A situação
fica meio sinistra, já que ao voltar para socorrer os pescadores, Ricardo só
encontra dois. Esquisito. Não dá para contar mais para não correr o risco de
estragar as surpresas. O que posso dizer é que o filme garante um bom suspense,
valorizado pela trilha sonora e pelas situações criadas com o objetivo de preparar o espectador para um final trágico, o que realmente acontece. Não há dúvida de que a presença do veterano
ator chileno Alfredo Castro é o principal trunfo do filme. Castro é hoje o
principal ator chileno, tendo no currículo bons filmes como “No”, “O Clube”, “Tony
Manero” e “Tenho Medo Toureiro”, entre tantos outros. “Imersão” estreou durante
a programação do Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (México),
além de ter sido vista aqui no 50º Festival de Cinema de Gramado. Em ambos,
conquistou vários prêmios e elogios da crítica especializada. Recomendo, com a ressalva de que não é um filme para
qualquer público.
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