domingo, 25 de dezembro de 2022

 

“TRÊS CRISTOS” (“THREE CHRISTS”), 2017, Estados Unidos, 1h49m, em cartaz na Netflix, direção de Jon Avnet, que também assina o roteiro com a colaboração de Eric Nazarian. Cinco anos depois de ser lançado nos EUA, chega por aqui, pela Netflix, este bom drama baseado em uma história real ocorrida no final da década de 50 no hospital estadual psiquiátrico Ypsilant, no Michigan. Os fatos que contribuíram para a elaboração do roteiro foram baseados no livro “The Three Christs of Ypsilant”, escrito em 1964 por Milton Rokeach. Vamos à história. Depois de abandonar a universidade, onde era professor, o psiquiatra Alan Stone (Richard Gere) é contratado pelo hospital Ypsilant. Ele é designado para tratar de três pacientes especiais esquizofrênicos que acreditavam ser a reencarnação de Jesus Cristo: Joseph (o ator anão Peter Dinklage), Leon (Walton Goggins) e Clyde (Bradley Whitford). Embora a situação sugira uma comédia, o filme em nenhum momento parte para o humor. Pelo contrário, é tudo levado muito a sério. O dr. Alan Stone resolve enfrentar a direção do hospital no que se refere aos tratamentos tradicionais da época, como choques elétricos, lobotomia, sedação e camisa de força. Stone é favorável à terapia falada, ou seja, prefere condicionar o tratamento à interação com os pacientes por intermédio do diálogo. O ator Richard Gere, embora mantenha o carisma e o charme habituais, aparece envelhecido e pouco convincente no papel do psiquiatra. Também estão no elenco nomes conhecidos como Julianna Margulies, Kevin Pollak, Jane Alexander, Charlotte Hope e Stephen Root. “Três Cristos” é um filme bastante interessante, pois destaca como era o tratamento um tanto desumano aplicado na época aos pacientes psiquiátricos. Filme pode ser indicado, principalmente, para estudantes de psicologia e psiquiatria, embora sirva também como um bom programa para os espectadores comuns.         

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