“RETORNO” (“PIPA”), 2022,
Argentina, 1h55m, disponível na plataforma Netflix, direção de Alejandro
Montiel, que também assina o roteiro com Mili Roque Pitt. Este é o terceiro
thriller policial baseado na série “Os Crimes do Sul”, da jornalista Florencia
Etcheves. Os dois primeiros filmes foram “Desaparecida” e “Presságio”, ambos comentados neste blog. Afirmo,
sem qualquer dúvida, que “Retorno” é o mais fraco dos três. A atriz Luisana
Lopilato atua como personagem principal nos três. Como curiosidade, ela é
casada com o cantor canadense Michael Bublé desde 2011. Em “Retorno”, Luisana é
a ex-policial Manuela “Pipa” Pelari, expulsa da corporação há 10 anos depois de
se envolver com uma poderosa traficante. Mãe solteira do adolescente Tobías
(Benjamín Del Cerro), ela vive isolada em uma fazenda na região desértica do
vilarejo de La Quebrada, também conhecida como “Quebrada de Humauaca”, ao norte
da Argentina. Seu único contato social é com a tia Alícia (a atriz chilena Paulina
García, de “Glória”), que também é fazendeira. Quando uma jovem de ascendência indígena é assassinada, a
polícia local faz tudo para encobrir os assassinos, mas Pipa descobre a verdade
e acaba se envolvendo nas investigações, colocando em risco não só a sua vida
como a de seu filho. Estão ainda no elenco Inés Estévez, Mauricio Paniagua,
Malena Narvay, Laura González e Aquiles Casabella. Como pano de fundo, o filme
também traz à luz a questão política que envolve a exploração das populações
indígenas naquela região da Argentina por parte de poderosos empresários. Mesmo
com a presença das excelentes atrizes Luisana Lopilato e Paulina García – o restante
do elenco é muito fraco -, “Retorno” não faz jus a uma recomendação
entusiasmada e muito menos parece fruto do excelente cinema argentino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário