“COLISÃO” (“COLLISION”), 2022,
África do Sul, 1h39m. produção original e distribuição Netflix, direção do cineasta
francês Fabien Martorell, que também assina o roteiro com a colaboração de Sean
Cameron Michael e Siphosethu Tshapu. Drama carregado de suspense envolvendo
tráfico de drogas, drama familiar, sequestro, racismo e xenofobia. Ambientada na cidade
de Johanesburgo, a história transcorre em várias frentes, a principal delas a rotina
da família de um empresário cuja filha se envolve com traficantes. Em paralelo,
apresenta ainda um poderoso traficante e um comerciante que odeia imigrantes
nigerianos, um deles namorado de sua filha. O filme abre espaço também para
tratar de xenofobia, ou seja, os sul-africanos alegam que os imigrantes que
chegam ao país, principalmente os nigerianos, estão ocupando seus empregos e
dominando o comércio. O núcleo central da história, porém, envolve o empresário
Johan Greser (Langley Kirkwood), sua esposa Diane (Tessa Jubber) e a filha
Nicki (Zoey Sneedon). O chefão do tráfico Bra Sol (Vuio Dabula) precisa de
dinheiro para saldar uma dívida e resolve sequestrar a filha do empresário,
exigindo uma grande soma para libertá-la. A tensão aumenta a cada minuto perto
do desfecho, quando os personagens principais acabam se trombando,
literalmente, numa grande colisão. Tudo bem que essa coincidência seja forçada
demais, mas faz parte do enredo e não prejudica o resultado final. Enfim, “Colisão” é mais um bom filme do
emergente cinema da África do Sul. Recomendo.
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