“SEIS MINUTOS PARA A
MEIA-NOITE” (“SIX MINUTES TO MIDNIGHT”), 2020, Inglaterra, disponível na plataforma
Amazon Prime, 1h39m, direção de Andy Goddard, que também assina o roteiro, com
a colaboração de Celyn Jones e Eddie Izzard. A história até que é muito
interessante, baseada em fatos reais. Estamos no verão de 1939 e o mundo está
mobilizado com a perspectiva do início de uma guerra, pois existe o perigo
iminente da Alemanha invadir a Polônia, o que provocaria uma declaração de
guerra por parte da Inglaterra. Em uma pequena cidade costeira ao sul da Inglaterra havia um internato para moças chamado Augusta-Victoria College. A escola
realmente existiu, funcionando de 1932 a 1939. Era uma instituição anglo-alemã,
especializada no ensino da língua inglesa e suas alunas internas eram, em sua
maioria, filhas de altas autoridades do governo alemão e de oficiais nazistas.
É neste cenário que surge o professor de inglês e literatura Thomas Miller (Eddie
Izzard, também roteirista) em substituição ao antigo professor que desapareceu
misteriosamente. Logo depois, em um dos passeios pela praia, as moças descobrem o corpo
desse professor e, partir daí, tudo se transforma. Na verdade, o que acontece é
uma conspiração que colocará em campos opostos espiões ingleses e alemães. O
suspense rola solto até o final. O filme, porém, deixa muito a desejar. O
roteiro é repleto de pontas soltas. Você espera que antes dos créditos finais
sejam explicados os destinos dos personagens, principalmente no que se refere
às alunas do colégio, que seriam embarcadas de volta à Alemanha antes do início
da Segunda Grande Guerra. Outros personagens importantes na história também
ficam à deriva. Fora que a escalação do elenco comprometeu, e muito, o
resultado final, mesmo com a presença da grande Judi Dench, que atua no piloto
automático como a diretora da instituição. Ainda estão no elenco a atriz suíça Carla Juri, Jim Broadbent,
James D’Arcy, Celyn Jones, Nigel Lindsay, Kevin Eldon, Maria Dragus e Tijan
Marei. O que me causou grande surpresa e decepção foi descobrir que o ator Eddie
Izzard, que interpreta o professor, é, na verdade, uma atriz transgênero. Se o
filme já é bem fraco, fica difícil de engolir esse fato estranho e inusitado. Vale uma
conferida apenas pela história interessante, pois o filme é, sem dúvida, um
verdadeiro abacaxi.
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