“VINGANÇA
A SANGUE-FRIO” (“COLD PURSUIT”), 2019, coprodução Estados Unidos/Inglaterra, 1h59m,
disponível na plataforma Amazon Prime Video, direção de Hans Petter Moland, com
roteiro de Frank Baldwin. É o remake do norueguês “Cidadão do Ano”, de
2014, cuja história foi escrita pelo romancista e roteirista dinamarquês Kim
Fupz Aakeson – o diretor é o mesmo Hans Petter Moland. Na adaptação
hollywoodiana, o filme é ambientado na pequena cidade de Kehoe (Estado do Colorado),
situada nas Montanhas Rochosas. O personagem principal é Nels Coxman (Liam
Neeson), motorista de um caminhão limpa-neves (snowplow). Logo no começo
do filme, Nels é homenageado com o título de “Cidadão do Ano” da cidade em
reconhecimento ao seu importante trabalho. Mas sua alegria dura pouco, pois em
seguida fica sabendo que seu filho Kyle (Micheál Neeson, filho de Liam na vida
real), foi encontrado morto por causa de uma overdose de cocaína. Logo depois,
ele é abandonado pela mulher, Grace (Laura Dern). Como Nels sabia que o filho
não era viciado, passou a investigar por conta própria e conseguiu descobrir
que Kyle, na verdade, foi assassinado pela gangue do poderoso traficante Trevor
Calcote, o “Viking” (Tom Bateman, ótimo). Nels vai atrás de cada um dos responsáveis
e elimina todos, um por um, só faltando o mandante, o “Viking”. No meio de toda
essa matança, a história acaba envolvendo uma tribo de índios traficantes de cocaína,
chefiados pelo chefe “Búfalo Branco” (Tom Jackson), além de um assassino
profissional arrogante, Leighton “O Esquimó” (Arnold Pinnock). Muita gente vai
morrer na história, jorra sangue o tempo inteiro, mas o bom humor permeia todo
o filme. Humor negro, mas muito engraçado, de gargalhar. São ótimas sacadas do
roteiro, como “homenagear” cada morto com um obituário especial na cena seguinte
à sua morte. Os diálogos e as situações são hilariantes. Para você ter uma
ideia, dois capangas do temível traficante “Viking” são homossexuais e amantes.
O espaço é pequeno para enumerar tantas cenas engraçadas. A grande sacada é
justamente essa, começar o filme com jeito de sério e de repente descambar para
a comédia, mas tentando ainda manter uma aparente seriedade. “Vingança a Sangue-Frio”
também marca a estreia do diretor norueguês Hans Petter Moland em território
hollywoodiano. E que estreia. Não perca!
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