sexta-feira, 12 de novembro de 2021

 

“CRIME EM BUDAPESTE” (“BUDAPEST NOIR”), 2017, Hungria, 1h35m, distribuição Amazon Prime Video, direção de Éva Gardos. Trata-se da adaptação para o cinema do livro homônimo escrito por Vilmos Kondor, o primeiro de sete romances policiais com as aventuras do jornalista investigativo Zsigmond Gordon, publicados entre os anos 1930 e 1950, que fizeram grande sucesso na Hungria. Kondor, que também assina o roteiro, é considerado o criador da ficção policial húngara. “Crime em Budapeste” é ambientado em 1936. A história começa com o encontro de um corpo estendido no chão com sinais claros de espancamento. A vítima é uma jovem prostituta e o local onde foi encontrada é uma rua barra-pesada. Como a polícia não se esforça para encontrar o assassino, o jornalista Zsigmond Gordon (Krisztián Kolovratnik) resolve investigar o caso por conta própria, mesmo porque identificou a moça como a mesma que lhe pediu para acender seu cigarro na noite anterior. Não demora muito para o jornalista perceber que aquela morte pode envolver gente importante de Budapeste. Ele tem a certeza disso depois que sofre uma violenta agressão por parte de dois homens misteriosos, que deixam a mensagem de que ele não deve mais investigar o caso. Além dele, também correrá perigo sua amante Krisztina (Réka Tenki), uma fotógrafa amadora que ajuda Gordon em sua investigação. “Crime em Budapeste” apresenta todos os ingredientes daqueles filmes noir de Hollywood nos anos 30/40/50, a começar da figura do jornalista, de chapéu quase cobrindo os olhos, capote com a gola levantada e sempre com um cigarro na mão. Ajudada pela própria fisionomia do ator, ficou parecendo Dick Tracy, aquele famoso detetive das histórias em quadrinhos. A semelhança é impressionante. Há outros tantos clichês do gênero policial noir. Só faltou ser preto e branco. Gostei da caprichada recriação de época, principalmente os figurinos. Não é um filmaço, mas garanto que, com certeza, agradará muito àqueles que curtem o gênero noir.           

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