SEQUESTRANDO
STELLA (KIDNAPPING),
2019, Alemanha, 1h29m, produção original Netflix, roteiro e direção de Thomas
Sieben. Trata-se de um remake do filme inglês “The Disappearance of
Alice Creed”, de 2009. No caso do filme alemão, a história é centrada no
sequestro de Stella (Jella Haase), uma jovem filha de um rico empresário,
praticado por dois ex-presidiários, Tom (Max Von Der Groeben) e Vic (Clemens
Schick). O filme começa com alguns minutos dedicados aos preparativos do
sequestro, quando a dupla prepara o cativeiro para a “hospedagem” da vítima,
incluindo a adaptação do furgão e a forração das paredes com isolamento acústico.
Nessas primeiras cenas não há qualquer diálogo entre os sequestradores. O que
achei mais intrigante foi o fato de o cativeiro ser em um apartamento e não
numa casa isolada, como acontece em inúmeros outros filmes do gênero. Desde quando
o sequestro é realizado, em uma rua, até a transferência da vítima do furgão
até o apartamento, nenhuma outra pessoa aparece nas imagens. Aliás, é bom o
espectador se acostumar com o fato de que o filme só terá três personagens, os dois
sequestradores e a vítima, além do cenário ser apenas um do começo ao fim. Ou
seja, o cativeiro. Mas se engana em pensar que o filme é tedioso. Pelo
contrário, graças ao trabalho do diretor Thomas Sieben, o espectador em nenhum
momento sentirá tédio. A tensão persiste até o final, não só pela situação e as
reviravoltas, mas também pela expectativa de qual será o desfecho de tudo. “Sequestrando
Stella” não é nenhuma Brastemp, mas passa longe de ser uma geladeira de isopor.
É um bom filme que merece ser visto.
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