A MULHER
NA JANELA (THE WOMAN IN THE WINDOW), 2020, Estados Unidos, 1h40m, direção de Joe
Wright, que também assina o roteiro com a colaboração de Tracy Letts. Recentemente integrado à plataforma Netflix, trata-se
de um suspense psicológico inspirado no livro “The Woman in the Window”, de A.
J. Finn – pseudônimo do romancista Dan Mallory. A história é toda centrada na
psicóloga infantil Anna Fox (Amy Adams), que depois de uma tragédia familiar se
enclausura dentro de casa, sofrendo de depressão e agorafobia (medo de lugares
públicos). Até as sessões com seu terapeuta, dr. Landy (Tracy Latts), acontecem
em sua casa. À base de remédios, Anna passa os dias e as noites na janela,
observando atentamente o que se passa na rua e na vizinhança – impossível não
comparar com “Janela Indiscreta” (1954), clássico de Alfred Hitchcock. Aí
acontece uma grande novidade: um casal, com um filho adolescente, muda para a
casa bem em frente. Gente nova para Anna observar. Certo dia ela recebe a
visita de uma mulher que se diz chamar Jane (Julianne Moore), a nova vizinha da
casa da frente. De uma forma ou de outra, ela acaba interagindo com o restante
da família, primeiro com Ethan (Fred Hechinger) e depois com o pai dele, Alistair
Russell (Gary Oldman). Mas o pior estava por vir. Com o zoom de sua maquina fotográfica,
Anna testemunha o assassinato de Jane dentro da casa, sendo que o assassino
está fora do enquadramento, sendo impossível identificá-lo. Anna chama a
polícia e aí começa a investigação sobre o crime. A conclusão inicial é de que
Anna estava tendo alucinações por causa dos remédios, mas uma reviravolta acontece
perto do final explicando tudo o que aconteceu. Claro que pelo excelente
elenco, que inclui ainda uma irreconhecível Jennifer Jason Leigh, a gente
poderia esperar um filme muito melhor, ainda mais que o diretor Joe Wright
apresenta no currículo bons filmes como “Anna Karenina”, “Desejo e Reparação”,
“Hanna” e o “Destino de Uma Nação”, entre outros. A crítica especializada
detonou “A Mulher na Janela”, principalmente o seu roteiro, o qual consideraram
fraco e confuso, mesma opinião da pesquisa realizada pelo exigente site Rotten
Tomatoes, cuja aprovação ao filme só chegou aos 24%. Não achei tão ruim assim.
E até recomendo, pois garante um bom entretenimento.
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