quarta-feira, 23 de setembro de 2020

 

“REMÉDIO AMARGO” (“ELPRACTICANTE” – nos países de língua inglesa ficou “The Paramedic”), 2020, Espanha, 1h34m, disponível no catálogo Netflix desde o dia 16 de setembro de 2020. A direção é assinada por Carles Torras, que teve a ideia da história, que virou roteiro nas mãos de David Desola e Hèctor Hernández Vicens. Trata-se de um thriller repleto de suspense que prende a atenção do começo ao fim. Durante um atendimento emergencial à noite, a ambulância que transporta o paramédico Ángel Hernández (Mario Casas) e um paciente colide violentamente com um caminhão. Resultado: Ángel fica paraplégico. Quando volta para casa numa cadeira de rodas, ele fica aos cuidados de sua namorada Vane (a atriz belga Débora François). Aos poucos, porém, Ángel começa a se comportar de maneira estranha, assumindo um lado violento e psicótico. Sua primeira vítima será o cachorro do vizinho que não o deixa dormir. Ángel também é acometido de um ciúme doentio pela namorada, que logo vira obsessão. Vane não aguenta mais a situação e abandona o namorado. Algum tempo depois, Ángel descobre que Vane está envolvida com outra pessoa e resolve se vingar. Claro que não vou contar o resto para não estragar as surpresas que o filme reserva. O diretor Carles Torras acerta ao criar um clima de tensão e suspense até o desfecho, para o qual ficou reservada uma surpreendente reviravolta. O ator espanhol Mario Casas, normalmente aproveitado em papéis de galã, talvez tenha feito o seu melhor trabalho no cinema. Ele atua com expressões que realmente remetem a um psicopata. Claro que o nome do seu personagem, Ángel (Anjo), é uma óbvia ironia. A bela atriz belga Débora François também está ótima. Para quem é chegado num bom suspense, “Remédio Amargo” proporciona um excelente programa.

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