“REMÉDIO
AMARGO”
(“ELPRACTICANTE” – nos países de língua inglesa ficou “The Paramedic”), 2020,
Espanha, 1h34m, disponível no catálogo Netflix desde o dia 16 de setembro de
2020. A direção é assinada por Carles Torras, que teve a ideia da história, que
virou roteiro nas mãos de David Desola e Hèctor Hernández Vicens. Trata-se de
um thriller repleto de suspense que prende a atenção do começo ao fim. Durante um atendimento emergencial à
noite, a ambulância que transporta o paramédico Ángel Hernández
(Mario Casas) e um paciente colide violentamente com um caminhão. Resultado: Ángel fica paraplégico.
Quando volta para casa numa cadeira de rodas, ele fica aos cuidados de sua
namorada Vane (a atriz belga Débora François). Aos poucos, porém, Ángel começa
a se comportar de maneira estranha, assumindo um lado violento e psicótico. Sua
primeira vítima será o cachorro do vizinho que não o deixa dormir. Ángel também
é acometido de um ciúme doentio pela namorada, que logo vira obsessão. Vane não
aguenta mais a situação e abandona o namorado. Algum tempo depois, Ángel
descobre que Vane está envolvida com outra pessoa e resolve se vingar. Claro
que não vou contar o resto para não estragar as surpresas que o filme reserva. O
diretor Carles Torras acerta ao criar um clima de tensão e suspense até o
desfecho, para o qual ficou reservada uma surpreendente reviravolta. O ator
espanhol Mario Casas, normalmente aproveitado em papéis de galã, talvez tenha
feito o seu melhor trabalho no cinema. Ele atua com expressões que realmente
remetem a um psicopata. Claro que o nome do seu personagem, Ángel (Anjo), é uma
óbvia ironia. A bela atriz belga Débora François também está ótima. Para quem é
chegado num bom suspense, “Remédio Amargo” proporciona um excelente programa.
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