“CASTELO
DE AREIA” (“SAND CASTLE”), 2017, Estados Unidos/Inglaterra, produção Netflix, 1h53m,
direção do cineasta brasileiro Fernando Coimbra. A história é ambientada durante a ocupação norte-americana no Iraque,
em 2003, e acompanha um pelotão encarregado de ações em Bagdá. Como última
missão, os soldados devem ir até o vilarejo de Bakuba consertar o serviço de
fornecimento de água, destruído meses antes em um ataque aéreo realizado pelos próprios
norte-americanos. Só que a população local, embora seja beneficiada pelos reparos,
não quer a presença dos soldados. O personagem principal é o soldado Matt Ocre
(Nicholas Hoult), que se alistou em 2001 no exército como alternativa para
pagar sua faculdade. Porém, não imaginava que seria enviado para o front, ou
seja, o Iraque. Do medo inicial – ele chegou a forjar um ferimento para cair
fora da ação -, Ocre vai aos poucos adquirindo gosto pelo perigo, tornando-se
um ótimo soldado. As cenas de batalha são muito bem realizadas e a tensão corre
solta do começo ao fim, lembrando “Falcão Negro em Perigo” e o sul-coreano “Sequestro
no Mar Vermelho”, dois dos melhores filmes de guerra ambientados no Oriente Médio.
Além de Nicholas Hoult (“Ex-Men”), estão no elenco Henry Cavill ("Batman vs. Superman"), Logan
Marchall-Green, Glen Powel e Tommy Flanagan, só para citar os mais conhecidos. Em
seu primeiro filme em língua estrangeira, Fernando Coimbra comprova que é um
dos diretores mais promissores do cinema atual. Ele já havia mostrado
competência no excelente “Um Lobo Atrás da Porta” e em dois episódios da série “Narcos”,
chamando a atenção dos produtores internacionais. Em “Castelo de Areia”,
Coimbra contou com a colaboração do roteirista Chris Roessner, um ex-soldado do
exército norte-americano que também esteve no Iraque. O filme estreou na
plataforma Netflix no dia 21 de abril de 2017.
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