quinta-feira, 23 de janeiro de 2020


Depois de assistir “MINHA IRMÃ DE PARIS” (“NI UNE NI DEUX”), 2019, França, 1h38m, não entendi por que os materiais de divulgação trataram o filme como comédia. Até alguns críticos caíram nessa, provavelmente porque não o assistiram e apenas reproduziram a sinopse. Na verdade, trata-se de um drama familiar. Julie Varenne (Mathilde Seigner), uma atriz francesa de sucesso em filmes independentes de arte, aceita participar de uma comédia, na tentativa de alavancar uma carreira em decadência. Uns dias antes do início das filmagens, ela se submete a uma aplicação de botóx no lábio superior que não dá certo. Ela fica desfigurada. E agora, o que fazer? Auxiliada pelo seu empresário Jean-Pierre (François-Xavier Demaison), Julie acaba recorrendo a uma fã que um dia pediu seu autógrafo e é muito parecida com a atriz. Trata-se de Laurette (Seigner), uma cabeleireira dona de um salão de beleza. Laurette topa trabalhar como dublê de Julie e se sai muito bem. Quando a verdadeira atriz melhora e volta a filmar, a coisa se complica. No meio desse agito todo, Julie acabará descobrindo que Laurette é, na verdade, sua irmã gêmea. Como únicos trunfos de “Minha Irmã de Paris”, destaco a atuação de Mathilde Seigner nos dois papéis, assumindo as personalidades completamente diferentes das irmãs. Só para lembrar: Mathilde é irmã da também atriz Emmanuelle Seigner, esposa e musa do cineasta Roman Polanski desde os anos 80. Outro destaque do filme são os belos cenários da cidade de Aix-em-Provence, onde a personagem Laurette mantém seu salão de beleza. Resumo da ópera: entre um e outro sorriso amarelo, dá para assistir “Minha Irmã de Paris” numa sessão da tarde para adultos.      

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