“DOGMAN” –
2018, Itália, 1h39m, roteiro e direção de Matteo Garrone. Representante da
Itália na disputa do Oscar 2019 de Melhor Filme Estrangeiro, “Dogman” estreou
no 71º Festival de Cannes, em maio de 2018, sendo elogiado pelos críticos e
pelo público, além de ver premiado o ator Marcello Fonte com a Palma de Melhor
Ator. Uma conquista incrível, já que Fonte nunca foi ator. Na vida real, é
jardineiro num centro social em Roma. Sua atuação é impressionante, o maior
trunfo do filme. Ele interpreta Marcello, proprietário de um pequeno petshop (“Dogman”)
na periferia pobre da cidade de Castel Volturno, em Campânia, sul da Itália. Muito
querido pelos moradores do bairro, Marcello tem um carinho todo especial pelos cães
que recebe principalmente para dar banho e tosar. Com seu jeito bonachão,
ingênuo e simplório, ele costuma se submeter aos maus-tratos de Simone (Edoardo
Pesce), um ex-boxeador que vive aterrorizando o pessoal do bairro. Todo mundo
morre de medo do sujeito. Além de violento, Simone é viciado em cocaína e quem
fornece a droga a ele é justamente Marcello, que nunca recebeu um tostão por
isso. Quando cobrou, quase levou uma surra. O relacionamento de Marcello com
Simone é o mote da história. Como se fosse uma luta de boxe: Marcello apanha muito
durante 12 rounds, mas no 13º vira o jogo também de forma violenta. A caça vira
o caçador. Mais um ótimo filme do cineasta italiano Matteo Garrone, que já
havia nos brindado com os excelentes “Reality – A Grande Ilusão”, “O Conto dos
Contos” e, especialmente, “Gomorra”, ganhador do Grande Prêmio do Júri no
Festival de Cannes de 2008. Para escrever “Dogman”, Garrone se inspirou num crime
ocorrido nos anos 80 que chocou a Itália. Imperdível!
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