“BAYONETA”, coprodução
México/Finlândia e Netflix (estreou aqui no Brasil dia 29 de março de 2019),
1h35m, roteiro e direção de Kyzza Terrazas (é o seu segundo longa-metragem; o
primeiro foi “El Lenguaje de Los Machetyes”, de 2011). A história é centrada no
ex-lutador de boxe Miguel “Bayoneta” Galindez, que abandonou os ringues e foi
para a Finlândia trabalhar como treinador numa academia. Começa o filme com “Bayoneta”
(Luis Gerardo Méndez) entrando no vestiário após uma luta nos Estados Unidos.
Chorando sem parar, esmurrando armários e se xingando, ele lamenta o que
aconteceu na luta. Teria perdido um título ou uma luta importante? O diretor
Terrazas deixa a resposta para o final. Até lá, o filme acompanha a rotina
diária do ex-lutador mexicano na capital finlandesa Helsinque, para onde se
mudou há cerca de cinco anos, logo após aquela fatídica luta. Ele deixou em
Tijuana, no México, a mulher e a filha. No frio de Helsinque, de congelar foca,
“Bayoneta” passa os dias treinando jovens lutadores na academia e à noite
costuma frequentar os bares, bebendo sem parar, ainda sofrendo com o trauma daquela
luta de cinco anos atrás. Quando a academia em que trabalha fica ameaçada de
fechar, “Bayoneta” resolver voltar a lutar para levantar uma grana. Seu amigo Denis
(Brontis Jodorowsky), colega de academia, é contra o seu retorno aos ringues,
mas mesmo assim topa ser seu treinador. O ator mexicano Luis Gerardo Méndez
treinou durante cinco meses para fazer o papel de “Bayoneta”. Nas cenas de luta
ele se sai muito bem, mesmo sem nunca ter subido num ringue. Não foi o melhor
filme sobre boxe que já assisti, mas sem dúvida é muito bom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário