domingo, 14 de abril de 2019



“BAYONETA”, coprodução México/Finlândia e Netflix (estreou aqui no Brasil dia 29 de março de 2019), 1h35m, roteiro e direção de Kyzza Terrazas (é o seu segundo longa-metragem; o primeiro foi “El Lenguaje de Los Machetyes”, de 2011). A história é centrada no ex-lutador de boxe Miguel “Bayoneta” Galindez, que abandonou os ringues e foi para a Finlândia trabalhar como treinador numa academia. Começa o filme com “Bayoneta” (Luis Gerardo Méndez) entrando no vestiário após uma luta nos Estados Unidos. Chorando sem parar, esmurrando armários e se xingando, ele lamenta o que aconteceu na luta. Teria perdido um título ou uma luta importante? O diretor Terrazas deixa a resposta para o final. Até lá, o filme acompanha a rotina diária do ex-lutador mexicano na capital finlandesa Helsinque, para onde se mudou há cerca de cinco anos, logo após aquela fatídica luta. Ele deixou em Tijuana, no México, a mulher e a filha. No frio de Helsinque, de congelar foca, “Bayoneta” passa os dias treinando jovens lutadores na academia e à noite costuma frequentar os bares, bebendo sem parar, ainda sofrendo com o trauma daquela luta de cinco anos atrás. Quando a academia em que trabalha fica ameaçada de fechar, “Bayoneta” resolver voltar a lutar para levantar uma grana. Seu amigo Denis (Brontis Jodorowsky), colega de academia, é contra o seu retorno aos ringues, mas mesmo assim topa ser seu treinador. O ator mexicano Luis Gerardo Méndez treinou durante cinco meses para fazer o papel de “Bayoneta”. Nas cenas de luta ele se sai muito bem, mesmo sem nunca ter subido num ringue. Não foi o melhor filme sobre boxe que já assisti, mas sem dúvida é muito bom.       

Nenhum comentário: