quinta-feira, 19 de julho de 2018


“DJANGO”, 2016, França, primeiro filme dirigido por Etienne Comar. A história é baseada no livro “Folles of Django”, escrito em 2012 por Alexis Salatko, responsável pelo roteiro adaptado para o cinema. O “Django” do título refere-se ao lendário guitarrista de jazz Django Reinhardt (1910-1953), que durante as décadas de 30 e 40 dominou o cenário musical da Europa com o “Quintette du Hot Club de France” – quando da sua fundação, em 1934, o grupo tinha como integrante o violinista Stéphane Grappelli. O filme limita-se a enfocar os primeiros anos da década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial, quando Django – já muito famoso na época - e sua família, por suas raízes ciganas, foram perseguidos pelos nazistas na França. Django, interpretado com maestria pelo ator Reda Kateb, era conhecido como “O Pai do Jazz na Europa” e tinha como uma de suas características principais o fato de tocar com apenas dois dedos da mão esquerda, por causa de um ferimento causado por queimaduras durante um incêndio quando tinha 18 anos. Os alemães adoravam o músico, mas mesmo assim acabaram por persegui-lo. Embora contra sua vontade, Django foi obrigado a se apresentar na Alemanha para a alta cúpula nazista, pensando que, com isso, deixariam sua família e seus amigos ciganos em paz. Ledo engano. “Django” foi escolhido para ser exibido na abertura do 67º Festival Internacional de Cinema de Berlim, em fevereiro de 2017, sendo recebido pela crítica com alguma indiferença. Eu, ao contrário, adorei. Achei ótimo. Só para lembrar: o diretor Etienne Comar é mais conhecido como roteirista de excelentes filmes como “Homens e Deuses”, “Meu Rei” e “Os Sabores do Palácio”.     
                                                

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