“DJANGO”, 2016, França, primeiro
filme dirigido por Etienne Comar. A história é baseada no livro “Folles of
Django”, escrito em 2012 por Alexis Salatko, responsável pelo roteiro adaptado
para o cinema. O “Django” do título refere-se ao lendário guitarrista de jazz
Django Reinhardt (1910-1953), que durante as décadas de 30 e 40 dominou o
cenário musical da Europa com o “Quintette du Hot Club de France” – quando da
sua fundação, em 1934, o grupo tinha como integrante o violinista Stéphane
Grappelli. O filme limita-se a enfocar os primeiros anos da década de 40, durante a
Segunda Guerra Mundial, quando Django – já muito famoso na época - e sua
família, por suas raízes ciganas, foram perseguidos pelos nazistas na França. Django,
interpretado com maestria pelo ator Reda Kateb, era conhecido como “O Pai do
Jazz na Europa” e tinha como uma de suas características principais o fato de
tocar com apenas dois dedos da mão esquerda, por causa de um ferimento causado
por queimaduras durante um incêndio quando tinha 18 anos. Os alemães adoravam o
músico, mas mesmo assim acabaram por persegui-lo. Embora contra sua vontade,
Django foi obrigado a se apresentar na Alemanha para a alta cúpula nazista,
pensando que, com isso, deixariam sua família e seus amigos ciganos em paz.
Ledo engano. “Django” foi escolhido para ser exibido na abertura do 67º
Festival Internacional de Cinema de Berlim, em fevereiro de 2017, sendo
recebido pela crítica com alguma indiferença. Eu, ao contrário, adorei. Achei
ótimo. Só para lembrar: o diretor Etienne Comar é mais conhecido como
roteirista de excelentes filmes como “Homens e Deuses”, “Meu Rei” e “Os Sabores
do Palácio”.
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