“UMA
ESPÉCIE DE FAMÍLIA” (“Una Especie de Familia”), Argentina, 2017, roteiro e direção de
Diego Lerman. Trata-se de um drama (dramalhão, na verdade) centrado na médica
Malena (Bárbara Lennie), que, depois de perder um filho na fase de gestação, resolve
adotar um bebê. Ela consegue a doação por intermédio de uma moça de família
pobre que mora num vilarejo da província de Misiones, a 800 km de Buenos Aires.
Tudo acertado, Malena ruma para acompanhar o parto de Marcela (Yanina Ávila), a tal mãe que concordou em doar a criança. Depois que o bebê nasce, porém, a família de Marcela surpreende com a
decisão de entregar o bebê se a médica pagar 10 mil dólares. Além disso, quer
que o marido de Malena, Mariano (Claudio Tolcachir), assuma a paternidade do
bebê e o registre em seu nome. Imbróglio formado, resta a Malena conseguir o
dinheiro e ainda convencer o marido a assinar o termo de paternidade. A situação
engrossa de vez e mais não dá para contar porque o que vai acontecer talvez
seja difícil de adivinhar. Deixo esse suspense para o espectador. O filme vale
principalmente pela ótima atuação da bela e competente atriz espanhola Bárbara
Lennie, que trabalhou sob a direção de Pedro Almodóvar em “A Pele que Habito”,
além de ter participado do elenco do “Mel com Laranjas”. Mas a atuação que mais
surpreende é a da estreante Yanina Ávila como a mãe biológica da criança. O
filme foi exibido por aqui durante a 41º Mostra Internacional de Cinema de São
Paulo, em outubro de 2017.
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