“EU, TONYA” (“I, TONYA”), 2017, EUA, direção do australiano Craig
Gillespie (“A Garota Ideal”, “Horas
Decisivas”), com roteiro de Steven Rogers. Trata-se da cinebiografia da
patinadora artística norte-americana Tonya Harding, que às vésperas dos Jogos
Olímpicos de Inverno de 1994 participou de um plano macabro, juntamente com o
marido Jeff Gillooly e mais dois amigos: ferir sua principal rival na época,
Nancy Kerrigan, impedindo-a de disputar a competição. Na época, o caso ficou
famoso no mundo inteiro, colocando-se entre as páginas mais tristes e chocantes
do mundo esportivo. O filme mostra o início da carreira vitoriosa de Tonya, que
aos 4 anos de idade já encantava os adeptos e os fãs da patinação artística no
gelo. Ano após ano, Tonya conquistaria inúmeros torneios, tornando-se a estrela
máxima do seu esporte, a única patinadora a realizar com perfeição o “Triple
Axel”, o mais difícil e complicado movimento da patinação artística. Poucos
sabiam, porém, que por trás dessa garota havia uma mãe obcecada, violenta e
descontrolada, responsável direta não apenas pela trajetória de Tonya, mas
também por tudo de mal que a garota seria capaz de fazer para conquistar suas
vitórias. Tonya só era feliz quando estava no ringue de patinação com os
holofotes e os aplausos do público. Na verdade, sua vida particular era um
verdadeiro inferno, com sua mãe insana e o marido que a espancava quase todo
dia. Não deixe de ver os créditos finais, que explicam os destinos que tiveram
os principais personagens da história. Tudo isso está em “Eu, Tonya”, que
consagrou a australiana Margot Robbie (Tonya) como uma ótima atriz, tendo sido
indicada para receber o Oscar 2018. Seu trabalho é excelente. O diretor Gillespie
tentou deixá-la menos linda, o que é impossível. Conseguiu pelo menos
desglamourizá-la. Eu mesmo achava, antes deste filme, que Margot Robbie era
mais bonita do que competente. Ela me convenceu também do contrário. Outro
destaque do filme é a veterana Allison Janney no papel de LaVona Harding, mãe
de Tonya, o que lhe valeu, com muita justiça, o Oscar 2018 de Melhor Atriz
Coadjuvante. Enfim, um ótimo programa para curtir na telinha.
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