quarta-feira, 28 de março de 2018



“O SACRIFÍCIO DO CERVO DOURADO” (“THE KILLING OF A SACRED DEER”), 2017, Inglaterra. O título já não é muito convidativo. E a sensação de dúvida aumenta ainda mais quando a gente lê na sinopse que o filme foi escrito e dirigido pelo diretor grego Yórgos Lánthimos, conhecido no mundo da Sétima Arte como um autor de filmes esquisitos, tais como “Dente Canino” e “O Lagosta”. Ou seja, um diretor excêntrico e hermético. Tentei desvendar o segredo do título e descobri que se refere a uma tragédia grega escrita por Eurípedes. O diretor Yórgos levou tão a sério que o filme realmente virou uma tragédia, repulsivo, desconfortável, perturbador e lúgubre. E olha que o elenco não é tão ruim: Colin Farrell, Nicole Kidman e Barry Keoghan (de “Dunkirk”), só para citar os principais nomes. Vamos à história: em suas horas de folga, o médico Steven Murphy (Farrell), um renomado cirurgião cardíaco, sempre conversa com o jovem Martin (Keoghan). Há anos que os dois mantém uma relação de verdadeiros amigos. Há um elo bastante forte que une os dois: o pai de Martin morreu durante uma operação de coração realizada por Murphy. Aos poucos, Martin vai se aproximando da família do médico, da esposa Anna (Kidman) e dos dois filhos Bob (Sunny Suljic) e Kim (Raffey Cassidy). A partir daí, o filme se transforma num suspense psicológico até que interessante: será que o garoto vai atingir a família do médico para se vingar da morte do pai? Tchan, tchan, tchan... Não espere explicações plausíveis para o que você vai ver. Pior de tudo é que o filme venceu o Prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes.  

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