segunda-feira, 18 de setembro de 2017

“PARDAIS” (“Prestir”), Islândia, 2016, roteiro e direção de Rúnar Rúnarsson, é um drama bastante sensível, roteiro primoroso, bons atores e uma excelente fotografia, que valorizou os cenários deslumbrantes onde o filme é ambientado. Quando a mãe e o padrasto resolvem viajar para a África numa missão humanitária, o jovem Ari (Atli Oskar Fjalarsson), de 16 anos, é obrigado a deixar a capital Reikjavik e voltar a morar com o pai Gunnar (Ingvar Eggert Sigurdsson) na remota Westfjords, pequena cidade de 7.300 habitantes a noroeste da Islândia. Ari reencontra alguns amigos da infância e tenta se enturmar, com muita dificuldade, pois é bastante tímido, mas conhecerá, pela primeira vez, os prazeres do sexo. Difícil mesmo é a convivência com o pai – os dois ficaram distantes durante seis anos –, um beberrão que dá festas regadas a muita bebida e prostitutas. Ari não está acostumado com esse tipo de situação e se abriga na casa da avó (Kristbjörg Kjeld) – mãe de Gunnar. Apesar do contexto dramático, o filme reserva momentos de rara sensibilidade e até comoventes. “Pardais” é um filme de muita qualidade, tanto é que foi o vencedor do prêmio de Melhor Filme no Festival de San Sebastián e eleito melhor filme da 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo/2016. Além disso, foi escolhido como representante oficial da Islândia na disputa do Oscar/2017 de Melhor Filme Estrangeiro.                                                            

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