segunda-feira, 24 de julho de 2017

“A ODISSEIA” (“L’Odyssée”), 2016, França, 122 minutos, roteiro e direção de Jérôme Salle (“Anthony Zimmer”, “Largo Winch”, “Zulu”). Trata-se de um filme biográfico do pesquisador, oceanográfico, escritor e inventor Jacques-Yves Cousteau (1910-1997), que ficou mundialmente famoso ao percorrer os mares do mundo a bordo do “Calypso”, navio transformado em laboratório móvel. O filme acompanha a trajetória de Cousteau durante 30 anos, desde que passou a se dedicar às pesquisas do mundo submarino no final da década de 40. Alguns de seus documentários, como “Mundo do Silêncio” (1956) e “O Mundo sem Sol” (1964), foram premiados em importantes festivais de cinema. Sua fama aumentou ainda mais com a série televisiva “O Mundo Submarino de Jacques Cousteau”, produzida pela BBC e exibida no mundo inteiro. “A Odisseia” não é só elogios ao grande pesquisador.  Apresenta um Cousteau (Lambert Wilson) visionário e egocêntrico, autoritário, mulherengo e perdulário, com dificuldades de relacionamento com a esposa Simone (Audrey Tatou) e com os filhos gêmeos Philippe (Pierre Niney) e Jean-Michel (Benjamin Lavernhe). O filme é um dos mais caros já realizados pelo cinema europeu – seu orçamento chegou aos 35 milhões de euros –, mas certamente foi compensado por resultar numa produção nada menos do que espetacular. A fotografia é esplendorosa, assim como os cenários, o roteiro e, principalmente, as filmagens submarinas, além de um elenco de primeira. Lambert Wilson é um show como Cousteau. Um dos melhores filmes franceses da década. Não dá para perder!                                                         


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