“A ODISSEIA”
(“L’Odyssée”), 2016, França, 122
minutos, roteiro e direção de Jérôme Salle (“Anthony Zimmer”, “Largo Winch”, “Zulu”).
Trata-se de um filme biográfico do pesquisador, oceanográfico, escritor e
inventor Jacques-Yves Cousteau (1910-1997), que ficou mundialmente famoso ao
percorrer os mares do mundo a bordo do “Calypso”, navio transformado em
laboratório móvel. O filme acompanha a trajetória de Cousteau durante 30 anos,
desde que passou a se dedicar às pesquisas do mundo submarino no final da
década de 40. Alguns de seus documentários, como “Mundo do Silêncio” (1956) e “O
Mundo sem Sol” (1964), foram premiados em importantes festivais de cinema. Sua fama
aumentou ainda mais com a série televisiva “O Mundo Submarino de Jacques
Cousteau”, produzida pela BBC e exibida no mundo inteiro. “A Odisseia” não é só
elogios ao grande pesquisador. Apresenta
um Cousteau (Lambert Wilson) visionário e egocêntrico, autoritário, mulherengo
e perdulário, com dificuldades de relacionamento com a esposa Simone (Audrey
Tatou) e com os filhos gêmeos Philippe (Pierre Niney) e Jean-Michel (Benjamin
Lavernhe). O filme é um dos mais caros já realizados pelo cinema europeu – seu orçamento chegou aos 35 milhões de
euros –, mas certamente foi compensado por resultar numa
produção nada menos do que espetacular. A fotografia é esplendorosa, assim como
os cenários, o roteiro e, principalmente, as filmagens submarinas, além de um
elenco de primeira. Lambert Wilson é um show como Cousteau. Um dos melhores
filmes franceses da década. Não dá para perder!
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