O
veterano diretor norte-americano Martin Scorsese (de “Os Bons Companheiros”, “O
Lobo de Wall Street” e tantos outros filmes importantes) alimentou durante mais
de 20 anos o desejo de realizar “SILÊNCIO” (“Silence”), um drama épico
ambientado no Século 17, cuja história é inspirada no romance escrito pelo
japonês Shusaku Endo em 1966. O filme, que tem quase três horas de duração,
começa quando a Companhia de Jesus, em Portugal, recebe a notícia de que o
padre Cristóvão Ferreira (Liam Neeson), que estava no Japão em missão
catequista, havia renunciado publicamente à Fé Cristã. Para confirmar a
notícia, dois jesuítas são enviados ao país do sol nascente: Sebastião
Rodrigues (Andrew Garfield, de “Até o Último Homem”) e Francisco Garupe (Adam
Driver). Eles chegam clandestinamente, já que o Regime Tokugawa, que dominava o
Japão, havia proibido a prática de qualquer outra religião no país – só era
permitido o Budismo. A perseguição aos cristãos era violenta: tortura e morte
por decapitação ou crucificação. Até chegar a Ferreira, os dois padres
enfrentarão inúmeros perigos e correrão risco de vida. Estranho que o filme não
tenha conseguido uma divulgação mais efetiva, ainda mais em se tratando do
consagrado diretor, além da presença de astros como Liam Neeson e Andrew
Garfield. Aliás, embora os cartazes do filme tenham destacado Liam Neeson como
astro principal, na verdade é Andrew Garfield quem leva o filme nas costas.
Neeson aparece pouco, apenas no início e no final. Mesmo com Scorsese na
direção, o filme não teve indicações importantes ao Oscar 2017. Apenas uma: a de
Melhor Fotografia.
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