quarta-feira, 1 de março de 2017



O veterano diretor norte-americano Martin Scorsese (de “Os Bons Companheiros”, “O Lobo de Wall Street” e tantos outros filmes importantes) alimentou durante mais de 20 anos o desejo de realizar “SILÊNCIO” (“Silence”), um drama épico ambientado no Século 17, cuja história é inspirada no romance escrito pelo japonês Shusaku Endo em 1966. O filme, que tem quase três horas de duração, começa quando a Companhia de Jesus, em Portugal, recebe a notícia de que o padre Cristóvão Ferreira (Liam Neeson), que estava no Japão em missão catequista, havia renunciado publicamente à Fé Cristã. Para confirmar a notícia, dois jesuítas são enviados ao país do sol nascente: Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield, de “Até o Último Homem”) e Francisco Garupe (Adam Driver). Eles chegam clandestinamente, já que o Regime Tokugawa, que dominava o Japão, havia proibido a prática de qualquer outra religião no país – só era permitido o Budismo. A perseguição aos cristãos era violenta: tortura e morte por decapitação ou crucificação. Até chegar a Ferreira, os dois padres enfrentarão inúmeros perigos e correrão risco de vida. Estranho que o filme não tenha conseguido uma divulgação mais efetiva, ainda mais em se tratando do consagrado diretor, além da presença de astros como Liam Neeson e Andrew Garfield. Aliás, embora os cartazes do filme tenham destacado Liam Neeson como astro principal, na verdade é Andrew Garfield quem leva o filme nas costas. Neeson aparece pouco, apenas no início e no final. Mesmo com Scorsese na direção, o filme não teve indicações importantes ao Oscar 2017. Apenas uma: a de Melhor Fotografia.                                                            

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