A Segunda
Grande Guerra já rendeu centenas, talvez milhares, de histórias que se
transformaram em livros ou filmes. Quando a gente pensa que tudo já foi contado
vem mais uma, e assim tem sido há muitos anos. Duas das mais recentes histórias
foram contadas no filme “Até o Último Homem”, dirigido por Mel Gibson, e no
dinamarquês “TERRA DE MINAS”, ambos concorrentes ao Oscar 2017, o
segundo pelo prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (vencido pelo iraniano “O
Apartamento”, de Asghar Farhadi). “Terra de Minas” conta uma história incrível,
principalmente por ser baseada em fatos reais. Quando a guerra caminhava para o
seu final, os alemães acreditavam que as forças aliadas invadiriam a Europa pelo
litoral da Dinamarca, há anos ocupada pelos nazistas. Acreditando nessa
possibilidade, os estrategistas alemães deram ordem de instalar mais de um milhão de minas nas praias dinamarquesas. Quem conhece um pouco de História sabe que a
invasão ocorreu na Normandia (França). Quando terminou a guerra, o exército
dinamarquês resolveu utilizar os dois mil soldados alemães feitos prisioneiros
para escavar e desarmar todas essas minas. O filme, escrito e dirigido por Martin
Zandvliet, centraliza toda a ação num grupo de 14 soldados alemães colocados sob
o comando do rigoroso sargento dinamarquês Carl Leopold Rasmussen (o estupendo
Roland Moller). Além de não terem a mínima experiência no desarmamento de
minas, os alemães eram todos muito jovens, alguns deles recém-saídos da
adolescência. O filme reserva momentos de alta tensão, principalmente durante o
trabalho dos garotos, durante o qual uma tremida de mão significava uma
explosão. Mas tem seus momentos comoventes, que servem para amenizar o contexto
dramático e trágico da história. Impossível não se emocionar com a situação dos
garotos alemães, principalmente quando um deles chora e chama pela mãe. Um filmaço,
simplesmente imperdível!
Nenhum comentário:
Postar um comentário