“CAPITÃO FANTÁSTICO” (“CAPITAIN FANTASTIC”), EUA,
2016, roteiro e direção do Matt Ross. Lendo a sinopse, pensei que assistiria a uma
aventura juvenil ao estilo da Disney. Que nada! O filme, embora com um elenco recheado
de adolescentes e crianças, apresenta em seu desenrolar temáticas adultas,
principalmente nos diálogos afiados, inteligentes e, acima de tudo, muito
bem-humorados. O enredo é um tanto inverossímil – alguém criaria seus filhos,
hoje em dia, dentro de uma floresta? -, mas a história é tão bem trabalhada que
a gente deixa passar. Ben (Viggo Mortensen) vive com seus seis filhos no
interior de uma floresta selvagem do Pacífico Norte. Ele submete a turma a um rigoroso
treinamento diário, que inclui sobrevivência na selva, defesa pessoal,
alpinismo e primeiros socorros, entre outras práticas. Ao mesmo tempo, Ben ensina
filosofia, religião, política, biologia e física quântica, além dos ensinamentos
baseados na sociedade idealizada pelo pensador norte-americano Noam Chomsky. Por
causa da morte da mãe, Ben os filhos são obrigados a pegar a estrada para o
funeral com o objetivo de não deixar enterrar o corpo, e sim cremá-lo, como era
o desejo da falecida, budista de carteirinha. O filme entra numa fase road-movie. O choque com a dita civilização rende os momentos mais
hilariantes, principalmente quando a turma visita a casa de parentes. Resumindo:
o filme é encantador, comovente e divertido. Ou seja, imperdível!
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