“MARGUERITE”, 2015, França, direção de Xavier Giannoli. A história é ambientada nos
anos 20 em Paris. A rica baronesa Marguerite Dumont é apaixonada por ópera e
sempre quis ser uma cantora lírica. Nos saraus musicais beneficentes privados que
realizava em seu palácio, ela recolhia donativos para a campanha “Órfãos da
Guerra” (pós 1ª Guerra Mundial), servia o melhor champanhe e convidava cantores
líricos para apresentações com orquestra. Ao final de cada concerto, Marguerite
se apresentava cantando. Só que tinha um problema: era completamente
desafinada. O pessoal aplaudia, por pena e hipocrisia. Mas eram eventos sociais
importantes que a alta aristocracia parisiense fazia questão de prestigiar. Até
que um dia Marguerite resolve se apresentar ao público num grande teatro e,
para isso, contrata um professor de canto. Embora tenha seus momentos de humor,
graças à “qualidade” vocal de Marguerite, o filme chega a ser triste e
melancólico. Afinal, Marguerite, em sua inocência, acredita piamente que é uma
ótima cantora lírica. Um dia ela terá que se confrontar com a verdade, o que
não será nada fácil. A história de Marguerite é baseada na norte-americana
Florence Foster Jenkins, milionária que nas primeiras décadas do século XX
mobilizou a fina flor da sociedade de Nova Iorque com seus ganidos. Depois
desta versão francesa, está sendo lançada a de Hollywood, “Florence – Quem é
essa Mulher?”, com Meryl Streep, que pretendo assistir e depois comentar. O
filme francês é ótimo, com uma estupenda recriação de época e cenários
deslumbrantes, além de uma trilha sonora da melhor qualidade. Estão no elenco
Catherine Frot (divina), André Marcon, Micheu Fau, Sylvain Dieuaid e Denis
Mpunga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário