domingo, 24 de julho de 2016

 
“MARGUERITE”, 2015, França, direção de Xavier Giannoli. A história é ambientada nos anos 20 em Paris. A rica baronesa Marguerite Dumont é apaixonada por ópera e sempre quis ser uma cantora lírica. Nos saraus musicais beneficentes privados que realizava em seu palácio, ela recolhia donativos para a campanha “Órfãos da Guerra” (pós 1ª Guerra Mundial), servia o melhor champanhe e convidava cantores líricos para apresentações com orquestra. Ao final de cada concerto, Marguerite se apresentava cantando. Só que tinha um problema: era completamente desafinada. O pessoal aplaudia, por pena e hipocrisia. Mas eram eventos sociais importantes que a alta aristocracia parisiense fazia questão de prestigiar. Até que um dia Marguerite resolve se apresentar ao público num grande teatro e, para isso, contrata um professor de canto. Embora tenha seus momentos de humor, graças à “qualidade” vocal de Marguerite, o filme chega a ser triste e melancólico. Afinal, Marguerite, em sua inocência, acredita piamente que é uma ótima cantora lírica. Um dia ela terá que se confrontar com a verdade, o que não será nada fácil. A história de Marguerite é baseada na norte-americana Florence Foster Jenkins, milionária que nas primeiras décadas do século XX mobilizou a fina flor da sociedade de Nova Iorque com seus ganidos. Depois desta versão francesa, está sendo lançada a de Hollywood, “Florence – Quem é essa Mulher?”, com Meryl Streep, que pretendo assistir e depois comentar. O filme francês é ótimo, com uma estupenda recriação de época e cenários deslumbrantes, além de uma trilha sonora da melhor qualidade. Estão no elenco Catherine Frot (divina), André Marcon, Micheu Fau, Sylvain Dieuaid e Denis Mpunga.   

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