domingo, 12 de junho de 2016

“MINHA QUERIDA DAMA” (“MY OLD LADY”), 2014, EUA/França, roteiro e direção de Israel Horovitz. Não sei por que, mas o filme chegou por aqui com mais uma tradução: “Uma Senhora Herança”. A divulgação do filme, aliás, o trata como comédia, mas na verdade é um drama. Tem alguns momentos de humor, mas só no começo. Baseada na peça de teatro “My Old Lady”, escrita pelo próprio Horovitz e encenada com sucesso na Broadway, a história é centrada em Mathias Gold (Kevin Kline), um nova-iorquino fracassado afundado em dívidas. Para tentar sair do buraco, ele resolve vender uma casa em Paris que seu pai havia deixado de herança. Ele viaja para a capital francesa, gastando o que lhe restava de grana, mas, ao chegar, tem a surpresa de encontrar morando na casa a idosa Mathilde (Maggie Smith) e sua filha Chloé (Kristin Scott Thomas). Por causa de uma antiga lei francesa intitulada “Viager”, Mathias não pode vender a casa enquanto Mathilde estiver viva. Ao mesmo tempo em que busca soluções judiciais para conseguir vender a propriedade e resolver seus problemas financeiros, Mathias faz amizade com a mãe e a filha, culminando com revelações surpreendentes sobre o passado do antigo proprietário da casa, ou seja, seu pai. A adaptação para a tela ficou teatral demais, o que acabou comprometendo o resultado final. Pode ter funcionado no palco, mas na telinha ficou devendo. Mesmo tendo no elenco a tríade Kevin Kline, Kristin Scott Thomas e Maggie Smith, artistas consagrados e da mais alta qualidade, não há motivos para uma recomendação entusiasmada. 

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